Precisamos exercitar cada vez mais a sustentabilidade, defende Tereza Cristina
"Após a pandemia, teremos um mundo diferente e mais exigente em sanidade e em sustentabilidade", disse a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Em meio a quesionamentos e críticas internacionais da atuação do Brasil nas práticas sustentáveis e preservação ambiental, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, reforçou a necessidade de mais investimento no agronegócio sustentável. “Após a pandemia, teremos um mundo diferente e mais exigente em sanidade e em sustentabilidade. Precisamos exercitar cada vez mais a sustentabilidade”, afirmou.
Ela gravou um depoimento para o Congresso Brasileiro do Agronegócio 2020, promovido pela Abag e pela B3, que acontece virtualmente nesta segunda-feira (3).
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A ministra destacou ainda que os Plano Safra 20/21 foi desenhado de forma a colocar recursos nos programas que têm a sustentabilidade como marca forte. “A gente vem batendo recorde da safra de grãos ano a ano, melhorado muito nossa pecuária e diminuindo o uso da terra, mas aumentando a produtividade”, disse.
Segundo Tereza Cristina, o Brasil é “um dos poucos países” que consegue desenvolver sua produtividade e preservar o meio ambiente ao mesmo tempo. “O Brasil tem terras, tem água, tem clima, tem tecnologia única, feita para o nosso solo e nosso clima. Hoje abastecemos mais de 200 países, temos crescido nas exportações: só neste ano chegamos a 70 aberturas de mercado. O Brasil vem mostrando a que veio e o que temos nessa abundância de terra, água e produção”, observou.
Também com participação gravada, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, ressaltou que sua pasta tem trabalhado para promover as concessões de rodovias e a construção de novas ferrovias, necessárias para acompanhar o crescimento do setor agropecuário.
“Vamos ter um boom ferroviário sem precedentes. A ideia é aumentar a oferta ferroviária, com quase R$ 40 bi investidos nos próximos anos. Vamos dobrar a participação ferroviária na matriz para alinhar os esforços da infraestrutura com o dos nossos produtores que tem feito trabalho importante para o Brasil com resultados expressivos de relevância econômica e social”, comentou.
Na visão de Freitas, a infraestrutura do país, ao aumentar a oferta de transporte, aumenta e melhora a competição do setor agro. “Tem repercussão no frete, por exemplo. Sentimos isso na repercussão no frete com a pavimentação da BR 163 no Pará: tivemos redução média de 26% no frete naquela região e, de maneira geral, o frete rodoviário caiu 13%. É redução de custo e maior previsibilidade, maior retorno para o produtor, mais garantia de investimento e melhores resultados”, reforçou.
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