Powell, do Fed, destaca benefícios do pleno emprego
Autoridades do Fed têm apontado o forte crescimento econômico e ganhos no emprego como prova de que a economia pode começar a se sustentar por conta própria
O Federal Reserve analisa uma ampla gama de indicadores para medir o quão perto a economia está de alcançar o pleno emprego, disse o chair do banco central dos Estados Unidos, Jerome Powell, nesta terça-feira (9) ao reiterar os benefícios de ter como alvo os trabalhadores que muitas vezes permanecem à margem do mercado de trabalho.
“Quando avaliamos se estamos no pleno emprego, olhamos propositadamente para uma ampla gama de indicadores”, disse Powell em conferência virtual sobre diversidade e inclusão em economia, finanças e bancos centrais, co-organizada pelo Fed ao lado de outras grandes autoridades monetárias.
Ao fazer isso, o Fed fica atento às disparidades do mercado de trabalho, “ao invés de apenas aos números principais”, disse Powell, afirmando que uma economia é mais saudável e mais forte quando o maior número possível de pessoas é capaz de trabalhar.
Autoridades do Fed têm apontado o forte crescimento econômico e ganhos no emprego como prova de que a economia pode começar a se sustentar por conta própria. Mas Powell também disse na semana passada que o Fed permanecerá paciente e priorizará novos avanços em direção ao pleno emprego antes de aumentar os juros, apesar do nervosismo com a inflação acima do esperado.
Mas há um debate crescente entre as autoridades sobre quantos empregos mais a economia pode criar e por quanto tempo mais a inflação alta pode ser tolerada, com investidores atualmente esperando um aumento de juros em meados do próximo ano.
Os EUA criaram em média 582 mil empregos por mês este ano, mas a força de trabalho está 3 milhões abaixo do seu nível pré-pandemia.
Um anúncio sobre se o presidente dos EUA, Joe Biden, renomeará Powell para um segundo mandato como chefe do banco central é esperado em breve.