Por pandemia, economia dos Estados Unidos recua 32,9% no 2º trimestre
A maior parte das perdas do PIB ocorreu em abril, quando empresas, restaurantes e lojas fecharam as portas para conter a disseminação do coronavírus
A economia dos Estados Unidos contraiu no segundo trimestre no ritmo mais acentuado desde a Grande Depressão uma vez que a pandemia de Covid-19 destruiu os gastos dos consumidores e das empresas, e a recuperação está sob ameaça de um ressurgimento dos casos de coronavírus.
O Produto Interno Bruto despencou 32,9% em taxa anualizada no trimestre passado, declínio mais forte da produção desde que o governo começou a registrar os dados em 1947, informou o Departamento do Comércio nesta quinta-feira.
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A queda do PIB foi mais do que o triplo do declínio recorde anterior de 10% no segundo trimestre de 1958. A economia contraiu 5% no primeiro trimestre. Economistas consultados pela Reuters projetavam recuo do PIB a uma taxa de 34,1% entre abril e junho.
A maior parte das perdas históricas nos dados do Produto Interno Bruto aconteceu em abril, quando a atividade quase parou depois que restaurantes, bares e fábricas foram fechados em meados de março para conter a disseminação do coronavírus.
Embora a atividade tenha acelerado a partir de maio, o ímpeto diminuiu em meio a um ressurgimento de novos casos da doença, especialmente nas densamente povoadas regiões Sul e Oeste, onde autoridades estão fechando as empresas de novo ou dando uma pausa na reabertura. Isso reduziu as esperanças de uma forte recuperação do crescimento no terceiro trimestre.
O chair do Federal Reserve, Jerome Powell, reconheceu na quarta-feira a desaceleração na atividade. O banco central dos EUA manteve a taxa de juros perto de zero e prometeu continuar injetando dinheiro na economia.
“As perspectivas não são muito boas. Os norte-americanos não estão se comportando bem em termos de distanciamento social, a taxa de infecção é inaceitavelmente alta e isso significa que o crescimento econômico não consegue ganhar força”, disse Sung Won Sohn, professor de finanças e economia na Loyola Marymount University em Los Angeles.
A queda no PIB e a recuperação econômica fraca podem colocar pressão sobre a Casa Branca e o Congresso para fechar um segundo pacote de estímulo.
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