Plataforma Não Me Perturbe fecha 2021 com quase 10 milhões de números registrados
Serviço bloqueia números de celular e telefone fixo para não receber chamadas de telemarketing e de bancos
A plataforma Não me Perturbe, que permite o bloqueio de chamadas de celular de empresas de telemarketing e de bancos, encerrou o ano de 2021 com 9,55 milhões de números de telefone cadastrados.
O serviço, criado pelas operadoras de telecom, faz parte das medidas de autorregulação do setor para melhorar a relação com os consumidores.
Para realizar o cadastro, basta o usuário acessar o site https://www.naomeperturbe.com.br/ ou procurar pelos Procons espalhados pelo Brasil. Após cadastro no site, o bloqueio do número ocorre em até 30 dias.
A Conexis Brasil Digital, substituta da SindiTelebrasil, afirmou que somente em 2021 foram mais de 2 milhões de cadastros de números de telefone e celular na plataforma.
Segundo os dados divulgados, o estado de São Paulo concentra a maior parte dos registros, com 4,594 milhões de números.
São Paulo também possui a maior base de clientes do país, com 71,8 milhões de celulares e 10,7 milhões telefones fixos.
Em segundo lugar na plataforma Não Me Perturbe está o estado de Minas Gerais, com 856 mil números. Paraná, com 844 mil, e Rio de Janeiro, com 587 mil, completam a lista.
Já Distrito Federal tem a maior proporção de telefones cadastrados na plataforma. São 297 mil números cadastrados, o que representa 5,8% da base de telefones fixos e móveis do DF, de acordo com a Conexis.
“A plataforma é um compromisso com o cliente que não quiser receber ligações de telemarketing desses dois setores, tanto que em 2021 os setores de telecom e bancário fizeram uma grande campanha nas redes sociais para aumentar a divulgação da Não Me Perturbe”, comentou o presidente executivo da Conexis Brasil Digital, Marcos Ferrari.
Ferrari ressaltou que a plataforma só funciona para ligações de empresas de telecomunicações e para oferta de crédito consignado. Portanto, ela não bloqueia outros tipos ligações, como de planos de saúde ou redes varejistas, por exemplo.
Ainda assim, o executivo não descartou a adesão de outros setores na plataforma.