Plano Real: história sobre como foi criada a moeda brasileira já foi contada em filme
Em 2017, "Real: O Plano por Trás da História" levou aos cinemas FHC, Gustavo Franco e outras figuras ilustres da economia do Brasil
Em 1º de julho de 1994, o real começa a circular no país como moeda oficial. Sua criação faz parte do Plano Real, que por conta de seu sucesso é reverenciado por economistas e políticos, que disputam para ter seu nome vinculado a ele.
No ano de 2017, a história do plano que estabilizou a moeda brasileira e conseguiu domar a inflação ganhou um registro cinematográfico com “Real: O Plano por Trás da História”.
O fato de que a criação de uma moeda gerou enredo de filme dá uma indicação do cenário econômico que antecedeu o Plano e as condições do Brasil até meados de 1993, quando a narrativa começa.
Hiperinflação, crise econômica, três planos fracassados de dois ex-presidentes – José Sarney e Fernando Collor –, pressão popular, da imprensa e da classe política sobre o presidente Itamar Franco: em poucos minutos, “Real: O Plano por Trás da História” deixa evidente que a temperatura no país era alta, e a tarefa de regular o termômetro, no mínimo, complicada.
Missão árdua
O chamado a Fernando Henrique Cardoso para assumir a Fazenda é feito por telefone e os responsáveis por elaborar o plano são reunidos em cenas que deixam claro o quanto todos tinham a perder ali. O economista Gustavo Franco chega a explicar, diante de questionamentos, que o convite do governo é “uma convocação”.
Baseado no livro “3.000 Dias no Bunker”, de Guilherme Fiuza, o filme dirigido por Rodrigo Bittencourt transforma em personagens, além de Franco, que é o protagonista, Fernando Henrique Cardoso e Itamar Franco – ambos vieram a ser presidentes do Brasil -, os economistas André Lara Resende, Edmar Bacha, Pedro Malan, Clovis Carvalho, Winston Fritsch e Persio Arida. Nomes forte da economia nacional ainda hoje.
Além da própria moeda e de seus criadores, discussões econômicas de três décadas atrás persistem no debate público brasileiro. Durante um jantar, Gustavo Franco discorda de um amigo ao se deparar com o dilema entre o controle inflacionário rígido e o investimento em programas sociais, por exemplo.
Atores e personagens
- Gustavo Franco (Emílio Orciollo Neto)
- Itamar Franco (Bemvindo Sequeira)
- FHC (Norival Rizzo)
- Pedro Malan (Tato Gabus Mendes)
- Persio Arida (Guilherme Weber)
- Edmar Bacha (Julio Lopes)
- Winston Fritsch (Fernando Eiras)
- Clovis Carvalho (Carlos Meceni)
- André Lara Resende (Vladimir Candini)