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    Pix vai permitir movimentar auxílio emergencial e agendar pagamento, como boleto

    A opção de agendamento passa a ficar disponível a partir de 14 de maio e, até julho, todas as instituições serão obrigadas a disponibilizar a função

    Anna Russi, do CNN Brasil Business, em Brasília

     

    A diretoria colegiada do Banco Central aprovou, nesta quinta-feira (22), o uso de QR Code para cobranças e pagamento de contas futuras pelo Pix, o sistema de pagamentos instantâneos do BC. A opção passa a ficar disponível a partir de 14 de maio e, até julho, todas as instituições serão obrigadas a disponibilizar a função de agendamento. 

    Com a nova medida, o Pix ganha uma ferramenta similar à de um boleto bancário, que gera cobrança, via código de barras, para data futura já com informações do valor final, descontos, multas e juros.

    “As instituições participantes do Pix que não conseguirem proporcionar a experiência completa de pagamento (leitura do QR Code e pagamento em data futura) no período de 14 de maio a 30 de junho terão que, no mínimo, possibilitar a leitura e o pagamento na data da leitura do QR Code, com todos os encargos e abatimentos calculados corretamente”, define a nova regra. 

    O agendamento via Pix já é possível em algumas instituições, atualmente como funcionalidade opcional.

    “Desde o lançamento do Pix, em novembro de 2020, essa é uma funcionalidade facultativa, e entende-se que este seja um prazo razoável para que todas as instituições façam os ajustes necessários nos seus sistemas e interfaces (aplicativos e internet banking)”, explica o texto da regra. 

    “Tal medida visa ampliar ainda mais a comodidade dos pagadores, garantindo que todos os usuários, independente da instituição que possuem conta, possam agendar um Pix”, completa a autoridade monetária.

    Auxílio emergencial 

    Outra novidade aprovada é a movimentação dos recursos do auxílio emergencial por Pix a partir de 30 de abril. Hoje, beneficiários do programa só conseguem realizar transferências ou pagamentos por meio de TEDs, DOCs e/ou boletos. 

    De acordo com o BC, no entanto, tal ação não será possível em casos de transferência para conta de mesma titularidade.

     Com isso, o BC evita que o auxílio seja objeto de descontos ou compensações. As regras preveem que o auxílio emergencial não seja utilizado para cobrir contas que já estão no vermelho, por exemplo.

    Transferências internacionais em estudo

    As próximas etapas do Pix podem incluir a implementação do Pix internacional, que permitirá a transferência em tempo real de recursos do Brasil para o exterior. A ferramenta está em estudo, ainda sem previsão para entrar em funcionamento, mas o BC deve propor em breve uma série de mudanças nas normas cambiais, visando à modernização do sistema de câmbio e a introdução de novas tecnologias como essa.

    “Existe um esforço em nível global de tornar as transações mais baratas, mais rápidas, mais transparentes e melhorar o acesso dos clientes, dos cidadãos de forma geral, a pagamentos e transferências internacionais”, disse o chefe do Departamento de Regulação Prudencial e Cambial (Dereg) do Banco Central, Lúcio Oliveira, em evento online.

    (Com Agência Brasil)

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