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    Pix continuará gratuito e BC promete até saque no comércio e compras ‘offline’

    Entre as novidades anunciadas pelo BC para 2021 terá até mesmo um QR Code offline, onde o pagador não precisará estar conectado à internet para pagar uma compra

    Anna Gabriela Costa, , colaboração para o CNN Business, em São Paulo

    O Banco Central (BC) anunciou novas funcionalidades do Pix que devem ser implementadas a partir do primeiro semestre do ano que vem. Dentre as novidades, estão a possibilidade de transações offline e também o saque Pix, que irá permitir o saque de cédulas em comércios cadastrados. A gratuidade do Pix, para pessoas físicas, deverá ser mantida. 

    Informações do BC esclarecem que as pessoas físicas são isentas de cobrança de tarifas para fazer um Pix, quando o envio de recursos tem a finalidade de transferência e compra. O mesmo acontece no ato para receber um Pix com o objetivo de transferência. 

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    Em apenas duas situações as pessoas físicas poderão ser tarifadas: o primeiro acontece quando o usuário faz um Pix utilizando o canal de atendimento presencial ou pessoal da próprio banco, inclusive por telefone. 

    Já a segunda situação ocorre quando a pessoa exerce atividades comerciais. Por exemplo, o caso de vendedores pessoas físicas que recebem Pix devido à venda de produto ou serviço. 

    O objetivo em manter as transações gratuitas, afirma o Banco Central, é prover um meio de pagamento seguro, ágil e barato para a população. 

    Para pessoas jurídicas, a expectativa é de que seja bastante barato. O preço-base do Pix é de um centavo a cada dez transações. 

    Ainda no caso de pessoa jurídica, a instituição detentora da conta do cliente pode cobrar tarifa em decorrência de envio e de recebimento de recursos, com as finalidades de transferência e de compra.

    O modelo de precificação (custo fixo ou percentual) e os valores das tarifas podem ser livremente definidos pelas instituições.

    Saque Pix

    Uma funcionalidade importante que está prevista para o primeiro semestre do ano que vem é o saque Pix. O foco está nas cidades menores, onde a população não tem fácil acesso às agências bancárias, explica Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central. 

    “O cashback é super importante, porque, conversando com lojistas e o pessoal do comércio ampliado têm muitas cidades que não têm caixas eletrônicos ou agências bancárias. É para facilitar a vida das pessoas”, diz Campos Neto.

    Segundo o presidente da autarquia, o usuário poderá retirar dinheiro físico no comércio, junto com sua compra. Trata-se de uma conveniência para o consumidor e é interessante para o estabelecimento comercial, porque reduz o custo com gestão e segurança. 

    Pix Programado

    O Banco Central ressaltou que segue uma agenda evolutiva, com novas funcionalidades que entrarão, como o Pix Programado, função comparada ao cartão de crédito pelo diretor de organização do sistema financeiro e resolução do BC, João Manoel Pinho de Mello. 

    “O Pix programado também é uma novidade, para o primeiro semestre do ano que vem. Nada mais é que você fazer um Pix irrevogável, que nele tem que vir embutido um produto de crédito, assim como no cartão de crédito, quando você faz uma transação parcelada no cartão, aquelas transações são garantidas pelo banco emissor do cartão de crédito, essa mesma funcionalidade estará garantida no Pix”, explica Mello.

    Pix offline

    Com o intuito de desburocratizar as transações e tornar o processo acessível, mesmo para a população que não tem fácil acesso à internet, o BC também trouxe mais novidades sobre o Pix Offline. A ação está prevista para o primeiro semestre de 2021, mas ainda sem uma data anunciada. 

    O BC explica que essa agenda evolutiva será uma espécie de QR Code offline. Ou seja, o pagador irá iniciar o pagamento mesmo sem conexão com a internet. A ponta recebedora, por sua vez, precisará estar conectada. Logo, um recebedor, que geralmente será uma loja ou comércio, já está conectado. 

    “Isso está previsto para acontecer dentro das próximas ações da agenda evolutiva, não temos uma data certa, mas é considerado algo relevante, como mais uma funcionalidade relevante para a sociedade brasileira”, diz Carlos Eduardo Brandt, chefe-adjunto do departamento de competição e estrutura do mercado financeiro do BC. 

    O Pix passou a operar a partir de 16 de novembro e, até agora, já cadastrou cerca de 84 milhões de chaves para 34,4 milhões de pessoas físicas e 2,1 milhões de pessoas jurídicas.

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