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    Pires vai manter política de paridade internacional na Petrobras, dizem fontes do governo

    Economista deixou claro ao presidente que não alteraria a política de preços da estatal

    Raquel Landimda CNN

    O economista Adriano Pires, indicado para assumir a presidência da Petrobras, pretende manter a política de paridade internacional de preços, conforme fontes do governo. Pires está em período de silêncio e não retornou os contatos da CNN.

    Segundo essas fontes, que acompanharam a troca no comando da estatal, Pires foi convidado para o cargo pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e esteve três vezes com o presidente Jair Bolsonaro.

    O economista deixou claro ao presidente que não alteraria a política de preços da estatal, sob pena de confundir o atual governo com as antigas administrações do Partido dos Trabalhadores (PT). O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o principal adversário de Bolsonaro nas eleições presidenciais de outubro e lidera as pesquisas.

    Pires é conhecido no setor de petróleo e gás e atua como consultor há mais de duas décadas. Seu discurso é de defesa da política de preços e até da privatização da Petrobras.

    Auxiliares de Bolsonaro dizem, no entanto, que o economista se comprometeu a defender publicamente a criação de fundo para minimizar os efeitos da guerra da Ucrânia sobre os brasileiros.

    Na prática, isso significa compensar os consumidores quando o petróleo ultrapassar um patamar entre US$ 90 e US$ 95 o barril. Hoje o petróleo está cotado a US$ 110.

    O fundo seria criado com um prazo definido e seria financiado pelo Tesouro Nacional com os dividendos pagos pela Petrobras.

    A ideia tem apoio do ministério de Minas e Energia, mas enfrenta resistência do ministério da Economia, que teme o impacto fiscal. Pires já vinham defendendo esse tipo de fundo em entrevistas recentes.