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    PIB maior no Brasil, queda da inflação global e mais: veja as previsões do FMI

    Relatório da instituição também traz foco ao conflito no Oriente Médio e aumento de commodities

    Da CNN

    O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou nesta terça-feira (22) um relatório com uma série de previsões para a economia global deste ano e nos próximos.

    Entre os destaques do levantamento, estão melhora do cenário para Brasil, Estados Unidos e Reino Unido, enquanto as expectativas para China, Japão e zona do euro foram rebaixadas.

    A instituição também ressaltou riscos de conflitos armados e novas guerras comerciais, além de efeitos da política de alta de juros mantida pelas principais economias no pós-pandemia.

    Economia global

    Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) global, o FMI vê avanço de 3,2% em 2024 e 2025. Para um horizonte de cinco anos, a instituição prevê um crescimento médio de 3,1%, algo visto como “medíocre” ante das tendências pré-pandemia.

    No entanto, o economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, disse que os EUA, a Índia e o Brasil estavam mostrando resiliência, e que um “pouso suave” — quando a inflação esfria sem impactos relevantes na perda de emprego — foi alcançado,

    “Parece que a batalha global contra a inflação foi amplamente vencida, mesmo que as pressões de preços persistam em alguns países”, disse.

    Para a China, as expectativas foram rebaixadas. Em 2024, o FMI prevê alta de 4,8% nas atividades do gigante asiático, enquanto para 2025 a visão é 4,5%.

    Os números, no entanto, não contabilizam os efeitos dos recentes estímulos anunciados por Pequim para reaquecer as atividades.

    PIB maior no Brasil

    O órgão internacional revisou a expansão das atividades no Brasil para 3% em 2024, mas cortou 2,2% no próximo ano.

    Como fatores, o Fundo citou “consumo privado e investimento mais fortes na primeira metade do ano devido a um mercado de trabalho apertado, transferências governamentais e problemas menores do que o esperado decorrentes das enchentes”.

    O PIB brasileiro foi a 1,4% no segundo trimestre, acima das expectativas do mercado. A surpresa positiva fez uma série de analistas revisarem os números para este ano, elevando as apostas para ao redor do patamar de 3%.

    Inflação ao redor do mundo

    As perspectivas para a inflação global do FMI para este e o próximo ano recuaram 0,10 ponto, de 5,8% e 4,3% respectivamente.

    O FMI avalia que o processo de desinflação é generalizado, mas que as economias vão reagir de maneira desigual ao retorno da alta de preços à meta.

    Segundo o Fundo, a desinflação será mais rápida nas economias avançadas, com patamar de 2% em 2025. Enquanto isso, nos mercados emergentes e em desenvolvimento, a inflação deve se manter ao redor de 5,9% no mesmo período.

    Oriente Médio e commodities

    A recente escalada das tensões no Oriente Médio e os impactos nos próximos meses também foram analisados pelas equipes do FMI.

    A instituição ressaltou os efeitos nas commodities, como o petróleo, que chegou a bater máximas não vistas desde a guerra na Ucrânia com o temor global de entraves na produção e escoamento na região.

    Sobre o gás natural, o FMI pontuou que os preços subiram por conta das crescentes preocupações com o clima e o fornecimento, enquanto metais valorizaram em meio incertezas políticas e corte dos juros nos Estados Unidos.

    Comércio global continuará crescendo

    Outra previsão feita pelo FMI é que o comércio global continuará a crescer em linha com o PIB, atingindo um crescimento médio anual de 3,2% em 2024 e 2025, após um período de quase estagnação em 2023.

    Para o fundo, o comércio intrabloco e com países terceiros tem compensado, até agora, o impacto de limitações entre blocos de perfis geopolíticos diferentes.

    O volume do comércio global, incluindo bens e serviços, deve crescer 3,1% em 2024 e 3,4% em 2025, estimativas que foram mantidas inalteradas em relação ao relatório anterior do fundo divulgado em julho.

    O FMI revisou em baixa as projeções de expansão de exportações e importações das economias avançadas em relação ao documento anterior. Agora, espera-se alta de 2,1% e 2,4% das importações por essas economias, respectivamente, em 2024 e 2025, na comparação com 2,4% e 2,7% previstos em julho.

    Quanto às exportações, o FMI projetou expansão de 2,5% em 2024 e 2,7% em 2025, ante prognósticos anteriores de alta de 2,6% e 2,9%.

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    *Com Reuters e Agência Estado

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