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    PIB de 2022 terá revisão para cima após 2º tri, diz assessor de Guedes

    Resultado melhor que o esperado fará com que o Ministério da Economia revise sua previsão do PIB para o fim do ano; caso o Brasil não cresça no próximo semestre, economia brasileira terá avançado 2,4% em 2022, segundo a pasta

    Fabrício Juliãodo CNN Brasil Business* , em São Paulo

    O resultado positivo de 1,2% do PIB no segundo trimestre de 2022 fará com que o Ministério da Economia revise sua projeção para o indicador este ano, afirmou o assessor especial de estudos econômicos, Rodrigo Boueri, nesta quinta-feira (1º).

    Em coletiva, o assessor de Guedes disse que, caso o Brasil pare de crescer e não registre avanço da atividade econômica no segundo semestre do ano, terminará 2022 com um saldo positivo de 2,4% no PIB.

    “A gente não acha que o Brasil vai parar de crescer no terceiro trimestre. Então 2% já está datado, já era, vamos ter que rodar a grade”, afirmou. 

    Boueri não revelou quanto a projeção subiria para cima, afirmando que ainda haveria revisões da Secretaria de Política Econômica.

    Um dos motivos pelos quais o Ministério acredita que o Brasil continuará crescendo ao longo do ano se deve aos efeitos da política monetária, que segundo o assessor de Guedes já estão sendo sentidos pela atividade econômica, que por sua vez não parou de avançar.

    “Para termos um crescimento próximo de zero em 2023, vamos ter que ter uma desaceleração muito grande, um crashlanding, mas os impactos da política monetária já estão aí. Dificilmente vamos ter esse efeito da política monetária devastador e rápida, o BC já está trabalhando nesse processo há bastante tempo”, afirmou.

    Sobre as projeções para 2023, Boueri ressaltou que a política monetária começará a “remar a favor” a partir da segunda metade do ano, e que as previsões sobre o crescimento da atividade econômica do mercado e do próprio governo têm errado “consistentemente”.

    “Está todo mundo errando para baixo, errando sistematicamente. Não só o mercado, como o governo também… o que podemos esperar é que a política monetária vai estar remando cada vez menos contra a atividade no decorrer do próximo ano”, declarou.

    “A partir do terceiro trimestre do próximo ano, ela [política monetária] vai passar a remar a favor. Se agora no pico já estamos crescendo 5% ao ano, anualizado, quando ela parar de remar contra, não porque esperar que vá piorar a atividade econômica”, concluiu. 

     

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