PIB da construção civil cresce pelo sétimo trimestre consecutivo, com alta de 0,8%, diz CNI
Sequência de resultados positivos não foi observada anteriormente na série histórica do PIB indicador, iniciada em 1996
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou, nesta segunda-feira (25), que o PIB da construção civil teve alta de 0,8% no 1º trimestre de 2022. Com o resultado, o PIB do setor cresce há sete trimestres consecutivos.
No quarto trimestre de 2021, o PIB da construção civil registrou uma alta de 1,3%.
De acordo com a confederação, a sequência de resultados positivos não foi observada anteriormente na série histórica do PIB indicador, iniciada em 1996.
A série de resultados fazem parte do ciclo de negócios em andamento que foi iniciado no 3º trimestre de 2020, avalia a entidade.
Já o nível de atividade também apresentou bom desempenho. O setor encerrou o primeiro semestre de 2022 com o maior patamar de atividades desde outubro/21, acumulando 51,6 pontos – sendo 50 pontos a margem que distingue o desempenho positivo.
O segmento de infraestrutura foi responsável por alavancar o nível de atividade no primeiro semestre. No entanto, a confederação registrou que todos os segmentos de atividade da construção registraram patamar positivo em seu nível de atividade.
Com isso, índice de confiança do empresário da construção do Brasil fechou o primeiro semestre acima da divisória dos 50 pontos, registrando 56,8 pontos.
Custo dos insumos
Mesmo com os resultados, o setor ainda enfrenta obstáculos. O relatório da confederação aponta que pelo oitavo trimestre consecutivo, a falta ou o alto custo dos insumos é o principal problema da construção.
A inflação na construção civil, medida pelo INCC, apresentou alta de 38,74% no primeiro semestre de 2022.
Dentre os itens que sofreram os maiores reajustes estão vergalhões e arames de aço, com alta acumulada de 99,6%, seguido por tubos de conexões de ferro e aço (89,43%) e tubos e conexões de P.V.C. (80,62%).
Em seguida, a pesquisa revela que a taxa de juros elevada e a elevada carga tributária do país também estão entre as principais dificuldades do setor.
Além disso, de acordo coma confederação, outra adversidade tem sido a falta ou alto custo do trabalhador qualificado.
Nível de atividade
No primeiro semestre de 2022, o relatório mostra que o setor foi responsável por 155 mil vagas. Os dados foram coletados a partir da série do Novo Caged. No primeiro semestre de 2021, o saldo de vagas encerrou em 158 mil.
A confederação informou que resultados dos primeiros semestres de 2021 e 2022 são os melhores para o período desde 2012, quando se analisa a série do Caged e do novo Caged.
No total a construção civil já gerou mais de 430 mil novas vagas com carteira assinada no período pós pandemia
(entre março/20 a maio/22).
No recorte por estado, São Paulo (19.049), Salvador (6.645) e Rio de Janeiro (6.151) são destaque na geração de novas vagas no setor.