Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Petróleo sobe mais de 8%, de olho em negociações por cessar-fogo e oferta russa

    Capital Economics comenta que o acordo nuclear com o Irã "parece prestes a ser reativado", o que levará à retirada de sanções e ao consequente aumento das vendas de petróleo do país

    Gabriel Bueno da Costa e Gabriel Caldeira, do Estadão Conteúdo

    O petróleo registrou forte alta nesta quinta-feira (17) e voltou a superar o nível de US$ 100 por barril nos mercados futuros de Nova York e Londres.

    As dificuldades na negociação entre Rússia e Ucrânia estiveram em foco, bem como a possibilidade de que as sanções contra Moscou perdurem. Além disso, o óleo vinha de três dias de perdas e, no câmbio, o dólar mais fraco colaborou.

    O contrato do petróleo WTI para abril fechou com ganho de 8,35% (US$ 7,94), a US$ 102,98 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para maio avançou 8,97% (US$ 8,62), a US$ 106,64 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

    Declarações da Rússia de que um acordo com a Ucrânia não parece tão próximo estiveram no radar, com Moscou rechaçando relatos de progressos no diálogo.

    Além disso, o Commerzbank menciona em relatório o fato de que, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), a Rússia pode ter sofrido uma forte queda em sua produção de petróleo, que pode ser de 3 milhões de barris por dia em abril, diante de sanções e de boicotes voluntários de vários compradores.

    O banco lembra que a AIE também revisou em baixa sua projeção para a demanda no segundo trimestre, com crescimento mais modesto diante da guerra na Ucrânia e dos preços mais altos de commodities.

    O Commerzbank considera que o mercado deve estar “virtualmente equilibrado no segundo semestre”, caso a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) leve adiante as altas graduais na oferta, como planejado.

    No câmbio, o dólar recuou ante outras moedas principais, o que colabora para aumentar a demanda pelo petróleo, já que neste caso os contratos ficam mais baratos para os detentores de outras divisas.

    Ainda sobre o quadro no mercado, a Capital Economics comenta que o acordo nuclear com o Irã “parece prestes a ser reativado”, o que levará à retirada de sanções e ao consequente aumento das vendas de petróleo do país. Segundo a consultoria, isso pode “acrescentar um pouco mais de pressão de baixa aos preços globais” do óleo.

    Tópicos