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    Petróleo fecha em queda forte, com temor de recessão global e dólar no radar

    Brent teve baixa de 5,69%, enquanto WTI atingiu mínimas desde o início da guerra na Ucrânia

    Gabriel Bueno da Costa, do Estadão Conteúdo

    Os contratos futuros de petróleo tiveram queda acentuada, nesta sexta-feira (23). Indicadores negativos reforçaram a cautela quanto ao crescimento global, em ambiente de aperto monetário em muitos países para conter a inflação elevada.

    Além disso, a força do dólar colaborou para pressionar a commodity. Com isso, o WTI atingiu mínimas desde o início da guerra na Ucrânia.

    O contrato do petróleo WTI para novembro fechou em queda de 5,69% (US$ 4,75), em US$ 78,74 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mesmo mês recuou 4,76% (US$ 4,31), a US$ 86,15 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na comparação semanal, o WTI caiu 7,10% e o Brent teve baixa de 5,69%.

    A Capital Economics destacou em relatório que a semana foi negativa para as commodities, com as altas de juros, inclusive do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), e a consequente valorização do dólar. A consultoria diz haver “incerteza considerável” sobre a escala da desaceleração global, mas também nota que perspectivas para a oferta têm se deteriorado, o que pode ser um piso para os preços.

    A Oanda, por sua vez, dizia que as preocupações com o crescimento global “atingiram um modo pânico”, especialmente com a postura dos bancos centrais, que devem seguir agressivos contra a inflação. O dólar forte colabora para pressionar as commodities, “especialmente os preços do petróleo”, acrescenta ela.

    Na agenda de hoje, leituras fracas do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da zona do euro e do Reino Unido reforçaram a cautela sobre o crescimento global.

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