Petróleo fecha em queda, com preocupações sobre crescimento global e demanda
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), petróleo WTI para abril de 2023 fechou em queda de 2,78% (US$ 2,19), a US$ 76,55 o barril
Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda nesta sexta-feira (17) frente a preocupações sobre o ritmo de crescimento global e demanda pela commodity, com aumento da expectativa de maior aperto monetário por bancos centrais. As negociações também foram pressionadas pelo dólar forte em alguns momentos do pregão.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para abril de 2023 fechou em queda de 2,78% (US$ 2,19), a US$ 76,55 o barril. O Brent para abril, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), teve perda diária de 2,51% (US$ 2,14), a US$ 83,00 o barril, e semanal de 3,92%.
Investidores temem a possibilidade do crescimento da economia global ser atingida por uma política monetária mais restritiva nos próximos meses, avalia a Oanda.
Dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e do Banco Central Europeu (BCE) indicaram na última semana que a guerra contra a inflação ainda não terminou, sugerindo a necessidade de mais altas nos juros básicos.
A perspectiva fortalece o dólar, encarecendo negociações de commodities em outras moedas, e, segundo analistas, levanta possibilidades de recessão econômica, o que poderia afetar a demanda pelo petróleo.
Para o analista da Oanda, Edward Moya, os preços devem continuar pressionados com estoques de petróleo aumentando nos Estados Unidos e perspectivas de demanda reduzindo.
“Enquanto a oferta parecer ampla, a Opep+ estará tentando recuperar o atraso para manter o mercado apertado. O verdadeiro teste será se os preços quebrarem abaixo do nível de US$ 72,00 por barril”, afirma Moya.
Já o Commerzbank projeta que os preços do petróleo devem subir gradualmente nos próximos meses, considerando que “será cada vez mais difícil para a Rússia encontrar compradores”.
“As exportações mais baixas do até então segundo maior exportador provavelmente restringirão a oferta global”, observa o banco alemão, em relatório a clientes.