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    Petróleo fecha em alta de 3%, impulsionado pela expectativa de demanda da China e dólar fraco

    WTI para julho fechou em alta de 3,43% (US$ 2,30) a US$ 69,42 por barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex)

    Laís Adriana, do Estadão Conteúdo

    Os contratos mais líquidos do petróleo fecharam em alta de 3% nesta terça-feira (13), recuperando boa parte das perdas registradas na segunda-feira. O movimento diante de sinais de possíveis pacotes de estímulos para recuperação econômica da China – renovando expectativas de demanda – e desaceleração na inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA – que enfraqueceu o dólar no exterior, aumentando a atratividade de commodities.

    O WTI para julho fechou em alta de 3,43% (US$ 2,30) a US$ 69,42 por barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para agosto avançou 3,41% (US$ 2,45), a US$ 74,29 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

    O petróleo abriu a sessão se recuperando das perdas da segunda-feira, na esteira do corte de juros pelo Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) na taxa de empréstimos de sete dias e injeção de 2 bilhões de yuans no mercado financeiro por meio do acordo de compra reversa. Horas depois, o BC chinês anunciou novo corte, desta vez sobre a Linha de Crédito Permanente (SLF, na sigla em inglês).

    Segundo a Oanda, o “corte surpresa” sinaliza a investidores que a segunda maior economia do mundo oferecerá estímulo significante para a recuperação econômica, o que pode ampliar a demanda por commodities.

    Os contratos mais líquidos aceleraram ganhos ainda pela manhã, após relatório indicar desaceleração na CPI dos Estados Unidos, de 4,9% em abril para 4,0% em maio. “O processo de desinflação continua intacto e isso pode significar que os dias do dólar estão contados, o que daria algum suporte para os preços do petróleo”, avalia a Oanda.

    Já o TD Securities analisa que os investidores de petróleo devem aguardar sinais de redução nos estoques da commodity, corroborando visão de aperto na oferta, antes de apoiar “tendência definitiva de preços mais altos”.

    A Capital Economics avalia que o relatório divulgado nesta terça pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), reafirmando suas previsões de oferta e demanda, corrobora a visão da consultoria de que “o mercado de petróleo ficará apertado neste ano, empurrando os preços para cima”.

    Em relatório, o Commerzbank observa que o governo dos Estados Unidos devem começar a reabastecer suas Reservas Estratégicas de Petróleo (SPR, na sigla em inglês) em agosto, o que deve contribuir para o aperto no mercado de energia.

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