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    Petróleo fecha em alta, em meio a perspectivas por aperto na oferta, apesar de cautela por dívida nos EUA

    Contrato do WTI para julho fechou em alta de 1,19% (US$ 0,86), em US$ 72,91 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex)

    Maria Lígia Barros*, do Estadão Conteúdo

    Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta nesta terça-feira (23), em meio a perspectivas por aperto na oferta, após alerta do ministro de Energia da Arábia Saudita, o príncipe Abdulaziz bin Salman, sobre reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) marcada para junho. Com isso, a commodity venceu a cautela em Wall Street, diante do impasse pelo teto da dívida nos EUA.

    O contrato do WTI para julho fechou em alta de 1,19% (US$ 0,86), em US$ 72,91 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mesmo mês subiu 1,12% (US$ 0,85), a US$ 76,84 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

    As cotações iniciaram o dia no vermelho, com a falta de acordo entre republicanos e democratas sobre o teto da dívida. No entanto, os preços viraram para cima, de olho na questão da oferta.

    O ministro saudita disse no Qatar Economic Fórum para os investidores que apostam na queda dos preços do petróleo ficarem atentos poucos dias antes da reunião planejada da Opep+, em 4 de junho, segundo noticiou a Reuters.

    Esse pode ter sido um sinal de que o grupo está considerando cortar a produção mais uma vez em meio a perspectivas desanimadoras para o crescimento econômico global, afirmou o analista Craig Erlam, da Oanda, em relatório. A fala do ministro saudita contribuiu para a alta nos preços, na avaliação da corretora Ira Epstein.

    A Eurasia também prevê o aperto do mercado no segundo semestre, com o barril de Brent custando pouco acima dos US$ 90.

    A projeção se baseia não só na possibilidade de cortes da Opep+, mas também na probabilidade que calcula em 75% de a China atingir ou exceder a meta de avanço do PIB de 5% para 2023, o que fortaleceria a demanda no país. Além disso, a Índia deverá manter o seu consumo a níveis resilientes, de acordo com a análise.

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