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    Pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA têm alta, mas furacão e greves preocupam

    Os pedidos de auxílio estão em níveis compatíveis com um mercado de trabalho estável, mas é provável que a calma seja temporariamente abalada após estragos do furacão Helene pelo sudeste dos EUA

    Reuters

    O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego aumentou marginalmente na semana passada, mas a passagem do furacão Helene pelo sudeste dos Estados Unidos e as greves na Boeing e nos portos podem distorcer o quadro do mercado de trabalho no curto prazo.

    Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 6 mil na semana passada, para 225 mil em dado com ajuste sazonal na semana encerrada em 28 de setembro, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira (3).

    Economistas consultados pela Reuters previam 220 mil pedidos para a última semana.

    Os pedidos de auxílio estão em níveis compatíveis com um mercado de trabalho estável, que está sendo ancorado por um nível baixo de demissões.

    No entanto, é provável que a calma seja temporariamente abalada depois que o Helene causou estragos na Carolina do Norte, Carolina do Sul, Geórgia, Flórida, Tennessee e Virgínia no final da semana passada. Ele destruiu casas e infraestrutura e matou pelo menos 162 pessoas nos seis Estados.

    O secretário de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, disse esta semana que a recuperação envolverá um “empreendimento multibilionário” que durará anos.

    As paralisações de cerca de 30 mil funcionários da Boeing e de 45 mil portuários nos portos da Costa Leste e da Costa do Golfo dos EUA também devem atrapalhar a visão do mercado de trabalho.

    Embora os trabalhadores grevistas não tenham direito a benefícios de desemprego, é provável que sua ação se propague pela cadeia de oferta e por outras empresas que dependem da Boeing e dos portos, causando demissões temporárias.

    A desaceleração do mercado de trabalho está sendo impulsionada pelo arrefecimento das contratações após os aumentos de 525 pontos-base nos juros pelo Federal Reserve em 2022 e 2023 para combater a inflação.

    No mês passado, o banco central dos EUA cortou sua taxa de juros de referência em 50 pontos-base, para a faixa de 4,75% a 5,00%, a primeira redução nos custos de empréstimos desde 2020, reconhecendo os riscos crescentes para o mercado de trabalho.

    A expectativa é de que o Fed volte a cortar os juros em novembro e dezembro.

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