Pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA sobem para 229 mil
Crescimento do PIB do país no 1º tri é revisado para cima
O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego aumentou moderadamente na semana passada e os dados da semana anterior foram revisados para baixo, sugerindo força persistente do mercado de trabalho.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 4.000 na semana encerrada em 20 de maio, para 229 mil em dado com ajuste sazonal, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira (25).
Os dados da semana anterior foram revisados para mostrar 17 mil solicitações recebidas a menos do que o relatado anteriormente. Economistas consultados pela Reuters previam 245 mil reivindicações para a última semana.
Embora os pedidos tenham aumentado recentemente, impulsionados por solicitações fraudulentas em Massachusetts, eles permanecem em níveis consistentes com um mercado de trabalho ainda apertado.
O nível baixo de pedidos se alinha a dados recentes sobre vendas no varejo, produção industrial e atividade comercial, que sugeriram que a economia recuperou a velocidade no início do segundo trimestre.
O mercado de trabalho tem se mostrado resiliente, apesar dos aumentos de 500 pontos-base na taxa de juros pelo Federal Reserve desde março de 2022, quando o banco central dos EUA embarcou em sua campanha de aperto monetário mais rápida desde a década de 1980 para domar a inflação.
Havia 1,6 vaga para cada desempregado em março, bem acima da faixa de 1,0 a 1,2 consistente com um mercado de trabalho que não está gerando muita inflação.
Os empregadores estão acumulando trabalhadores depois de enfrentarem dificuldades para encontrar mão de obra após a pandemia de Covid-19.
Economistas esperam que as demissões aumentem à medida que os efeitos dos aumentos punitivos dos juros se espalharem pela economia e o aperto das condições financeiras dificulte o acesso ao crédito para as pequenas empresas. A maioria espera uma recessão leve na segunda metade do ano.
A ata da reunião de política monetária do Fed de 2 a 3 de maio, publicada na quarta-feira, mostrou que, embora “os participantes tenham notado que o mercado de trabalho permaneceu muito apertado”, eles “previram que o crescimento do emprego provavelmente diminuirá ainda mais, refletindo uma moderação na demanda agregada decorrente em parte das condições de crédito mais apertadas”.
O aperto do mercado de trabalho está sustentando o crescimento dos salários, ajudando a impulsionar os gastos do consumidor e a manter a economia em geral.
Em um relatório separado nesta quinta-feira, o Departamento de Comércio confirmou que o crescimento econômico desacelerou no primeiro trimestre, contido pela liquidação de estoques por empresas. A redução dos estoques provavelmente refletiu os fortes gastos do consumidor, bem como antecipação a uma recessão.
O Produto Interno Bruto aumentou a uma taxa anualizada de 1,3% no último trimestre, disse o governo em sua segunda estimativa sobre o PIB no primeiro trimestre. Isso foi revisado em relação ao ritmo de 1,1% relatado no mês passado.
A economia cresceu a um ritmo de 2,6% no quarto trimestre. Economistas esperavam que não houvesse revisão.