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    EUA: pedidos de auxílio-desemprego sobem de forma inesperada na 1º semana do ano

    Alta não era prevista pelo mercado, mas ocorre em meio ao aumento de casos de Covid-19 no país

    Lucia Mutikanida Reuters

    O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego aumentou de forma inesperada na primeira semana de janeiro em meio a uma onda de infecções por Covid-19, mas permaneceu em um nível consistente com condições de mercado de trabalho cada vez mais apertadas.

    Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego subiram em 23 mil, para 230 mil, em dado ajustado sazonalmente, na semana encerrada em 8 de janeiro, informou o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos nesta quinta-feira (13).

    Economistas consultados pela Reuters previam 200 mil pedidos para a última semana.

    As solicitações permanecem abaixo do patamar pré-pandemia, sinal de aperto nas condições de mercado de trabalho. Os pedidos caíram ante um recorde de 6,149 milhões alcançado em abril de 2020.

    Os pedidos de auxílio-desemprego permanecem baixos, apesar do aumento nos casos de coronavírus impulsionado pela variante Ômicron, que tem interrompido as atividades em áreas que vão desde companhias aéreas a escolas.

    Empregadores estão segurando seus trabalhadores, com um cenário de 10,6 milhões de postos de trabalho em aberto no fim de novembro.

    O governo norte-americano informou na sexta-feira passada (7) que a taxa de desemprego caiu a uma mínima em 22 meses, para 3,9%, em dezembro, indicação de que o mercado de trabalho está em pleno emprego ou próximo a ele.

    A força de trabalho nos Estados Unidos conta com cerca de 2,2 milhões de pessoas a menos do que antes da pandemia.

    Divulgado na quarta-feira (12), o relatório “Livro Bege” do Federal Reserve – um compilado de informações sobre a atividade empresarial reunido a partir de dados de contatos empresariais em todo o país até 3 de janeiro – mostrou que muitos empregadores estão permitindo o trabalho em meio período ou ajustando as qualificações “para atrair mais candidatos e reter a força de trabalho existente”.

    O aperto do mercado de trabalho e a crescente inflação estão levando economistas a estimar que o Federal Reserve elevará os juros em março. Os preços ao consumidor nos EUA saltaram 7% em dezembro contra um ano antes, maior ganho desde junho de 1982.

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