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    Para combater alta da inflação, governo tem de reduzir gastos, diz especialista

    À CNN, Romero Oliveira, da Valor Investimentos, diz como os investidores podem se proteger da alta projeção para a inflação

    Produzido por Juliana Alvesda CNN , Em São Paulo

    O mercado elevou nesta segunda-feira (13) a projeção para a inflação deste ano pela 23ª vez seguida, para 8%. É a primeira vez no ano que as estimativas do mercado atingem este patamar. Para mudar este cenário, Romero Oliveira, diretor de renda variável da Valor Investimentos, afirma que é preciso que haja uma redução de gastos do governo.

    “Precisamos de reforma fiscal, de reforma administrativa, privatizações e, consequentemente, teríamos uma redução de risco Brasil, que impactaria o câmbio positivamente. O dólar, então, se desvalorizaria e a contaminação do preço de bens e serviços seria menor. O preço do combustível também seria menor e os produtos importados ficariam mais baratos”, avalia Oliveira.

    Na tentativa de conter o avanço dos preços, que ainda deve incomodar ao longo de 2022, o especialista espera que o Banco Central mantenha os juros elevados por mais tempo, assim como vêm fazendo os bancos centrais de países emergentes, como Rússia, Peru, Hungria e Uruguai.

    “O Banco Central trabalha com a meta bem definida, que é deixar a inflação controlada dentro dos parâmetros estabelecidos, e a forma de fazer isso é elevando o juros.”

    Investimentos

    Romero Oliveira também fala sobre como os investidores podem se proteger da alta nas projeções para a inflação.

    “Nós vínhamos com uma Selic a 2%, então os investimentos em renda fixa não estavam tão atrativos para os investidores. Agora, a perspectiva é que a Selic chegue a 7,5%, 8% no final do ano. Os ativos de renda fixa, principalmente os atrelados à inflação, vêm oferecendo bons prêmios para os investidores. O prazo é mais estendido, mas é uma maneira muito segura e confortável de se proteger”, explica.

    “Pensando em ativos de renda variável, a Bolsa de Valores é uma maneira inteligente de se proteger contra a inflação.”

    Mas, lembra Oliveira, é preciso “ter estômago” com o risco político e o grau de incerteza que o país enfrenta.”

     

     

     

     

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