Pandemia faz British antecipar aposentadoria do icônico Boeing 747, o Jumbo
Modelo que já foi o maior avião do mundo será substituído pelo A350 e pelo 787, que são mais econômicos
A crise provocada pela pandemia do novo coronavírus continua a fazer estragos no setor aéreo. A mais nova vítima é a “Rainha dos Céus” ou “Jumbo”, apelidos dados ao Boeing 747.
A British Airways, companhia que possui a maior frota do icônico modelo, anunciou que vai aposentá-lo de sua frota imediatamente em decorrência das dificuldades financeiras que enfrenta com a crise.
O 747 se manteve como o maior avião de passageiros do mundo por décadas, até a chegada do A380 em 2007. A depender da configuração, podia transportar mais de 500 passageiros. Atualmente, transportava cerca de 350 passageiros em voos pela companhia britânica.
“Não é a maneira como queríamos ou esperávamos dizer adeus à nossa incrível frota do 747. É uma decisão de cortar o coração que temos que fazer”, disse o CEO da British, Alex Cruz.
São atualmente 31 modelos do 747-400 em operação na British. O plano original era o de aposentar o Jumbo apenas em 2024, mas os planos acabaram sendo antecipados para cortar gastos.
Com a decisão da companhia britânica, vão restar cerca de apenas 30 modelos 747 para o transporte de passageiros no mundo, em aéreas como a alemã Lufthansa e a sul-coreana Korean Air.
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O 747-400 já vinha sendo gradualmente substituído pelo A350, da Airbus, e pelo 787, da própria Boeing, que são modelos mais novos e modernos. Ambos consomem de 25% a 40% menos combustível e emitem cerca de 40% menos gases de efeito estufa na comparação com o icônico modelo. Com a aposentadoria, eles serão os substitutos imediatos na British.
O Jumbo fazia parte da frota da British desde 1971 e se tornou um dos principais modelos da companhia, que chegou a ter 57 unidades em operação.
(Edição de Marcelo Sakate)
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