País pode ter déficit zero em dois anos com plano econômico, diz Haddad
Segundo o ministro, o sucesso do pacote de medidas econômicas apresentado na semana passada pode gerar esse resultado
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (17) no Fórum Econômico de Davos, que o déficit primário das contas públicas do Brasil pode ser zerado em dois anos. Segundo o ministro, o plano de medidas econômicas apresentado na semana passada pode gerar esse efeito.
“O Brasil vivia com superávit primário ao longo do primeiro governo Lula, e foi corroído ao longo da última década, se você pegar a série histórica. A gente pretende voltar com as despesas e receitas ao patamar de 18,7%. Se seguirmos isso, em dois anos, conseguimos zerar o déficit”, disse Haddad no painel em que dividia espaço com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
Além de comentar sobre as medidas econômicas que devem ser tomadas no Brasil, Fernando Haddad deu a entender que a reforma tributária, pauta importante do novo governo, deve ser fatiada em duas partes. De acordo com ele, a primeira parte será votada no primeiro semestre deste ano, e segunda parte na outra metade no ano.
“A reforma tributária que queremos votar no primeiro semestre é sobre imposto sobre consumo. No segundo semestre queremos votar uma reforma tributária sobre a renda, e onerar quem não paga impostos. Vamos reordenar o sistema tributário brasileiro para melhorar a distribuição de renda ano Brasil.”, disse Haddad.
O ministro da Fazenda comentou também sobre os atos criminosos em Brasília, no dia 8 de janeiro. Para Haddad, a união e organização dos governadores e dos três poderes da República – Legislativo, Executivo e Judiciário, foi “muito importante” para “pôr ordem na bagunça”. “Nós afastamos o governador, interviemos numa secretaria de segurança pública e, em menos de 24 horas, tudo estava resolvido”, completou Haddad.
