Orçamento de 2024 elevou em 13 vezes verbas para moradia, diz Alckmin em evento do setor imobiliário
Vice-presidente destacou que verbas federais para moradia popular saiu de R$ 80 milhões para R$ 10 bilhões durante sua participação em Fórum organizado pela Abrainc
O vice-presidente e ministro do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin, afirmou em evento nesta terça-feira (26) que o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) elevou em 12.650% as verbas federais voltadas à moradia no Brasil.
“No Orçamento, nós passamos de R$ 80 milhões neste ano para R$ 10,4 bilhões em 2024 as verbas destinadas para moradia no Brasil: um aumento de 12.650%. Também foi reestabelecida o Faixa 1, com habitações urbanas para família com renda mensal bruta de até R$ 2.640 e habitações rurais para famílias de renda anual bruta de até R$ 3.680”, disse.
Alckmin participou da 6ª edição do Fórum Incorpora, realizado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). O evento visa promover um encontro orientado por dados e tecnologia para as tendências que vão ditar os novos cenários do mercado habitacional
Alckmin indicou ainda que o Minha Casa, Minha Vida, além de reduzir o déficit habitacional, gera emprego e renda com celeridade — isso porque, segundo o ministro, “nenhuma outra área responde tão rápido à melhoria das expectativas como a construção civil”.
Ao comentar as perspectivas para o setor, ele ainda mencionou dados de emprego, o início o ciclo de cortes na Selic pelo Banco Central (BC) — que responde à responsabilidade fiscal do governo — e os futuros efeitos da reforma tributária.
O número de novos imóveis comercializados no Brasil aumentou 9,8% no primeiro semestre de 2023, quando comparado ao mesmo período de 2022. Os dados são do indicador Abrainc-Fipe, um levantamento realizado com 20 empresas associadas à Associação.
De acordo com o indicador, a alta foi impulsionada principalmente pelo segmento de Médio e Alto Padrão (MAP), com 22,8% de crescimento em relação ao mesmo período do ano passado. Já as vendas de imóveis do programa MCMV registraram um crescimento de 4,2% nas vendas.
O presidente da Associação, Luiz França, apontou que, no momento, o principal empecilho para o setor é a alta taxa Selic.
“O primeiro semestre de 2023 se caracterizou pelo crescimento notável das vendas no mercado imobiliário brasileiro, apesar de uma queda nos lançamentos. Esperamos para os próximos meses um grande crescimento no mercado da habitação popular. Precisamos de alternativas para diminuir o custo de funding para os compradores de média renda. Desse modo, o mercado imobiliário vai seguir com o desafio de gerar empregos e combater o déficit habitacional”.