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    OCDE pede reativação de negociações coletivas contra perda salarial por inflação

    Desde as crises inflacionárias da década de 1970, maioria dos países parou de indexar os salários à inflação e a negociação coletiva se tornou menos comum

    da Reuters

    Aumentar salários mínimos e construir apoio a negociações coletivas pode ajudar a conter a erosão dos salários diante da atual espiral inflacionária, recomendou a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) nesta sexta-feira (9).

    Desde as crises inflacionárias da década de 1970, a maioria dos países parou de indexar os salários à inflação e a negociação coletiva é menos comum em alguns países, dando aos empregadores mais poder para definir unilateralmente os salários e as condições de trabalho.

    Enquanto isso, à medida que as empresas se fundem em corporações cada vez maiores, os mercados de trabalho se tornam mais concentrados, limitando oportunidades para trabalhadores buscarem salários mais altos em outros lugares.

    “Proteger os padrões de vida requer reequilibrar o poder de barganha entre empregadores e trabalhadores, para que os trabalhadores possam efetivamente negociar seus salários em condições equitativas”, disse a OCDE em seu relatório anual Perspectiva de Emprego.

    O fórum político de 38 países acrescentou que isso significa dar “um novo impulso” à negociação coletiva e incentivar sindicatos e organizações patronais a aumentar a adesão para que mais trabalhadores sejam cobertos por acordos coletivos.

    Embora bônus temporários de energia possam ajudar a aliviar a dor de curto prazo, a atual crise inflacionária justifica o aumento regular dos salários mínimos legais, disse a OCDE.

    A OCDE disse que as autoridades antitruste também precisam prestar mais atenção ao risco de concentração do mercado de trabalho e que os governos devem reconsiderar as cláusulas de não concorrência nos contratos de trabalho.

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