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    O Dropbox quer ser uma empresa ‘virtual first’; veja o que isto significa

    Segundo a empresa, os quase três mil funcionários da empresa continuarão a operar remotamente na maior parte do tempo, mas ocasionalmente irão para o escritório

    Kathryn Vasel, do CNN Business, em Nova York

    O Dropbox diz que está se tornando uma empresa “virtual first” ou “virtual em primeiro lugar”.

    Mas o que isso quer dizer, de fato?

    Segundo a empresa, os quase três mil funcionários da empresa continuarão a operar remotamente na maior parte do tempo, mas ocasionalmente irão para o escritório para um trabalho mais colaborativo e de formação de equipe. Para ajudar a facilitar isso, o Dropbox está reformando seus escritórios, transformando-os no que chama de “Dropbox Studios”.

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    A empresa removerá as mesas individuais e criará mais espaço para espaços colaborativos.

    “É para gente fazendo trabalho individual diário, que acontece em casa ou em espaços de coworking”, disse Melanie Collins, vice-presidente de Pessoas da empresa. “Os Dropbox Studios são explicitamente para coisas como definição de estratégias, construção de equipes, eventos comunitários e treinamento de desenvolvimento de liderança”.

    Segundo a executiva, a empresa decidiu não usar uma abordagem híbrida que permitiria aos trabalhadores escolher se e quando queriam ficar no escritório, porque temia que isso pudesse criar um terreno desigual entre os trabalhadores.

    Leia a entrevista completa da CNN Business com Collins sobre essa mudança abaixo.

    Como será o futuro do trabalho para os funcionários do Dropbox?

    Em resumo, o Dropbox está se tornando uma empresa com o virtual em primeiro lugar. Isso significa que o trabalho remoto é a experiência principal para todos os nossos funcionários globalmente. Como sabemos que a conexão humana ainda é crítica em termos de construção de equipes de alto desempenho, investiremos em espaços colaborativos projetados para reuniões de equipe e construção de comunidades, em vez de um conjunto de mesas que você frequenta todos os dias.

    Por que essa é uma abordagem melhor do que o híbrido?

    Acreditamos que o “virtual first” é apenas um ponto de vista mais opinativo sobre o trabalho remoto. É diferente do que outras empresas estão fazendo, o remoto híbrido, que é muito popular: os funcionários escolhem se querem ou não trabalhar fora do escritório.

    Tínhamos reservas quanto a esse modelo porque ele perpetua duas experiências de trabalho muito diferentes que poderiam resultar em questões como inclusão ou desigualdade em relação ao desempenho ou trajetória de carreira e isso realmente não foi um obstáculo para nós. A gente queria preservar esse campo nivelado que todos experimentamos desde que trabalhamos remotamente em nosso futuro modelo de trabalho.

    Haverá um cronograma definido para quando as pessoas entrarão no escritório?

    As pessoas podem fazer trabalho individual diário que acontece em casa ou em espaços de coworking. Os Dropbox Studios não são para trabalho individual, não são para fazer drop-in (quando o funcionário só passa para tirar uma dúvida ou entregar uma tarefa) ou hoteling (quando alguém reserva o espaço de trabalho para algumas horas). Os Dropbox

    Studios são explicitamente para coisas como definição de estratégias, construção de equipes, eventos comunitários e treinamento de desenvolvimento de liderança.

    Você permitirá que os funcionários sejam realocados?

    Sim, claro. Por causa desse modelo, como o trabalho remoto é a experiência principal, as pessoas terão mais liberdade em como trabalham em termos de agenda e de localização. Vamos incentivar a realocação de pessoas com este novo modelo. Queremos que trabalhem onde fizer sentido para eles.

    Como serão esses novos estúdios em comparação com o atual arranjo de escritórios?

    Atualmente, nossos espaços de escritório são uma mistura de mesas individuais e salas de reuniões e espaços de colaboração. Temos salas que são inteiramente de lousas brancas do chão ao teto, grandes salas de conferências e pequenas de reunião, além de uma mistura de ambas. E assim, ao imaginar o futuro, não enxergamos mais mesas individuais. Pense nisso como um espaço inteiro com vários espaços de colaboração nele.

    Com que frequência os trabalhadores serão chamados ao escritório?

    A questão é encontrar um ritmo com sua equipe. No meu caso, por exemplo, quero reunir minha equipe de liderança uma vez por trimestre para fazer coisas como planejamento estratégico e formação de equipes. Combinaremos em que dia nos encontraremos em um de nossos hubs de estúdio para esse evento.

    Vocês vão reduzir o tamanho do escritório?

    Estamos trabalhando para finalizar nossa estratégia imobiliária de longo prazo agora. Também planejamos que nossa equipe trabalhe de casa até pelo menos junho do próximo ano, então temos um pouco de tempo para resolver isso. Mas nosso objetivo é apoiar estúdios em todas as cidades onde atualmente temos grande concentração de funcionários, daí podemos redirecionar nossos escritórios atuais ou investir em espaços novos ou sob demanda conforme nos espalhamos mais.

    A colaboração tem sido um problema para os funcionários remotos?

    Acho que o maior problema com isso é que presumimos que a colaboração deve ocorrer ao vivo ou de forma síncrona, então entramos em mais uma reunião pelo Zoom. A fadiga do Zoom é real: atendemos ligações consecutivas oito ou nove horas por dia e isso resulta em esgotamento, o que é um obstáculo para a realização do trabalho. Assim, ao pensarmos nesse eixo para uma orientação em torno do trabalho remoto, queremos de verdade reconstruir nossos ritmos e contratos sociais. Queremos mudar nossa mentalidade em torno do trabalho. Essa primeira estratégia virtual nos dá a chance de desenvolver melhores hábitos sobre quando e como nos encontramos.

    A ideia é mudar de algo ao vivo e rápido para assíncrono por padrão. OU seja, tentar resolver problemas por meio de ferramentas, como email ou Slack, ao invés de uma reunião ao vivo. Também daremos orientações explícitas sobre quando as reuniões devem ser agendadas, o que requer uma reunião, o que poderia ter sido um email. E assim, em reuniões para problemas complexos ou tópicos delicados, queremos capacitar nossos funcionários para que façam o trabalho sem a necessidade de usar o Zoom. E também queremos dar dicas de como usar nossas diversas ferramentas de comunicação.

    O que isso significa para os trabalhadores que não desejam trabalhar remotamente?

    Existem algumas configurações domésticas que simplesmente não conduzem a bom trabalho. Então vamos estabelecer um subsídio flexível inicial para que os funcionários façam escolhas sobre como querem gastar esse benefício. Se alguém quiser gastar isso em um espaço de trabalho compartilhado, nós ajudaremos a patrocinar isso. Isso pode não estar de acordo com as preferências dos funcionários. Quando eles entraram no Dropbox, não vieram para uma empresa remota, então estamos fazendo essa volta no meio do caminho e sabemos que isso pode não ser para todos e entendemos e esperamos que os funcionários nos deem uma chance.

    (Texto traduzido, clique aqui para ler o original em inglês)

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