Número 2 de Haddad cita “competição” para ajudar o RS e defende “cooperação federativa” na solução do problema
Dario Durigan participou de audiência pública no Senado Federal para debater sobre a catástrofe no Rio Grande do Sul e mudanças climáticas
O secretário Executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, disse que o atendimento à população do Rio Grande do Sul, que sofre com as enchentes que assolam o estado, “não deve ser visto como uma competição” entre poderes e defendeu uma “cooperação federativa” para entregar as respostas.
O número dois do ministro Fernando Haddad esteve em audiência pública no Senado Federal para debater sobre a catástrofe no Rio Grande do Sul e as mudanças climáticas nesta segunda-feira (27).
Durigan pontuou que em um desastre como esse, o mais importante é ter um compromisso com a vida das pessoas, especialmente com ações coordenadas, e não buscar “protagonismo” nas medidas apresentadas.
“Nesses casos, como a gente está vendo no Rio Grande do Sul, seria indesejável que a gente tivesse 15, 16 programas lançados seja pelos municípios, seja pelo estado, pelo Governo Federal, pela Câmara, pelo Senado, buscando o que poderia ser visto como protagonismo na resposta, quando, na verdade, a gente tem que olhar para o que é mais efetivo para aquela população que está desabrigada, para aquele município que está com uma necessidade importante de resposta”, disse.
O secretário destacou ainda que nas três frentes de atuação – resposta imediata, plano de reestruturação financeira e para o futuro –, é preciso ter em conta a sensibilidade com a vida das pessoas, compromisso e seriedade na resposta.
“A cooperação federativa aqui é maior. A federação brasileira não deve ser vista como competição, mas sim como cooperação entre entes, em que cada um tem uma força, cada um tem um orçamento, cada um tem uma competência constitucional, e é preciso harmonizar essas atuações em benefício – sempre em benefício – da população brasileira”, destacou.
Durigan também pontuou as respostas emergenciais que o governo federal e o Ministério da Fazenda deram ao Rio Grande do Sul até o momento. A enchente no estado matou cerca de 167 pessoas e deixou mais de dois milhões de desabrigados.