Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Conheça o perfil dos novos indicados de Lula a diretorias do Banco Central

    Fontes que conviveram com os escolhidos por Haddad para diretorias do BC relatam à CNN o perfil dos profissionais e contribuições que podem levar aos cargos

    Danilo Moliternoda CNN , São Paulo

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encaminhou ao Congresso os nomes indicados para duas diretorias do Banco Central. Fontes que conviveram com Rodrigo Teixeira e Paulo Picchetti apontaram à CNN o perfil dos profissionais e contribuições que podem levar aos cargos.

    Teixeira foi indicado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para a diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta (Direc). Além de servidor de carreira do BC desde 2002, ele exerce cargo de secretário especial adjunto na Casa Civil e é professor da PUC-SP.

    Ele esteve ao lado de Haddad no período em que o petista foi prefeito de São Paulo (2013-2016), na Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão.

    Segundo fonte que trabalhou ao lado do indicado, visto as diversas experiências — na autoridade monetária, no governo federal e na maior prefeitura do Brasil —, Teixeira levará “visão plural” ao Comitê de Política Monetária (Copom).

    Para a fonte, essa trajetória faz com que o quadro tenha olhar para os efeitos da política monetária “na economia real”. Ele acredita, por exemplo, que Teixeira tem visão menos “restrita” que a composição do colegiado anterior, que manteve a Selic em 13,75% por um ano.

    A fonte ainda destaca que, o trabalho junto a diferentes públicos-alvo da política pública podem ser relevantes para atuação na Direc, que trabalha por educação financeira, integração das comunicações externa e interna do Banco e atendimento a demandas do cidadão.

    Já Picchetti, que foi indicado à diretoria de Assuntos Internacionais, é professor na Escola de Economia de São Paulo, da Fundação Getulio Vargas (FGV-EESP). Tem mestrado em Economia pela Universidade de São Paulo e doutorado em Economics pela University of Illinois.

    Economista-chefe e sócio da Warren Rena, Felipe Salto foi aluno de Picchetti na FGV e destaca a carreira acadêmica robusta do quadro.

    No âmbito do Copom, Salto acredita que Picchetti poderá fortalecer o caráter “técnico” das decisões colegiado — que é subsidiado por dados massivos do Departamento de Operações do Mercado Aberto do Banco (Demab).

    Salto destaca que Picchetti pode não ter o direcionamento que tem Fernanda Guardado (atual diretora) para Assuntos Internacionais. Mas acredita que o perfil do quadro agregará à diretoria, uma das mais importantes do Banco.

    Teixeira e Picchetti, caso tenham indicações aprovadas, assumem os cargos a partir do dia 1º de janeiro. Antes, precisam ser chancelados pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e pelo Plenário do Senado.

    Os diretores que deixam seus cargos, Mauricio Moura (Direc) e Fernanda Guardado (Assuntos Internacionais), fazem parte do grupo que defendeu uma postura mais rígida do BC quanto aos juros, votando por uma redução menor da taxa Selic na reunião de agosto do Copom.

    Veja também – Selic cai para 12,25%; BC mantém ritmo de cortes da taxa básica de juros

    Tópicos