Nova regra fiscal será chave para economia, diz presidente da Abrainc
Em evento em São Paulo, Luiz França afirmou também que é preciso propiciar queda de juros com base sustentável
O presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Luiz França, destacou nesta terça-feira (11) a importância da nova regra fiscal para a economia do país nos próximos anos.
Para França, o setor imobiliário pode se desenvolver melhor considerando os critérios tributários mais justos. Ele aponta ainda que há um déficit habitacional de 7,8 milhões de moradias e, nos próximos 10 anos, 11 milhões serão necessárias.
A fala ocorreu durante o Summit Abrainc de 2023, evento em São Paulo que repercutiu os 100 dias de governo Lula e o impacto da gestão sobre o setor da habitação.
França também disse que é preciso propiciar uma queda de juros com uma base sustentável. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o Banco Central decidiu manter as taxas de juros no patamar de 13,75%.
No mercado imobiliário, por exemplo, a Selic em um patamar alto prejudica o setor de crédito e afeta quem precisa parcelar a compra do imóvel.
Sobre a reforma tributária, Luiz França defende a simplificação e redução de custos, fazendo com que o Brasil se aproxime de países desenvolvidos. Ele defende também a reforma administrativa, que deve andar em conjunto para ampliar a redução dos gastos públicos.
Minha Casa Minha Vida
O ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, também participou do evento e destacou como principal ação nos 100 primeiros dias de governo o retorno do programa Minha Casa, Minha Vida, por meio de uma medida provisória.
Segundo ele, havia 83 mil obras paralisadas e, no início do governo, foram retomadas 11 mil. Mais de 6 mil imóveis foram entregues. O objetivo é construir “2 milhões de unidades habitacionais em 4 anos”.
“O primeiro momento foi a MP do Minha Casa, Minha Vida. Agora, estamos no processo de emitir as portarias, dando as especificações para novas contratações. A partir dessas novas contratações, vamos buscar parcerias com estados e municípios.”
Sobre o financiamento imobiliário, ele destacou que “se somarmos os esforços, aumentando os subsídios, número de parcelas, e diminuindo a taxa de juros, poderemos facilitar para que mais pessoas tenham acesso à casa própria.”
*Sob supervisão de Marcelo Freire, da CNN