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    Nível da inflação coloca Trump como ligeiro favorito na corrida eleitoral dos EUA, diz especialista da Eurasia

    Christopher Garman aponta ao WW desta quinta-feira (24) que economia é assunto delicado princiaplmente em estados decisivos

    João Nakamurada CNN , em São Paulo

    A menos de duas semanas das eleições presidenciais dos Estados Unidos, a disputa entre a democrata Kamala Harris e o republicano Donald Trump segue acirrada.

    O eleitor coloca diversos temas na balança, e mesmo que até agora nenhum deles tenha sido decisivo, a economia parece dar uma ligeira vantagem para o ex-presidente, na avaliação de Christopher Garman, diretor-executivo para as Américas da Eurasia.

    “O programa televisivo e a campanha de Trump foram mais felizes nessa reta final porque tem focado no tema de inflação e imigração de forma mais disciplinada. Essa melhora na campanha republicana vem se traduzindo em números”, aponta Garman.

    De acordo com um levantamento do The Wall Street Journal, 51% do eleitorado vê Trump como um melhor candidato para lidar com a inflação. Já Harris é apoiada por 48%.

    No geral, as pesquisas eleitorais ainda apontam esta como a mais acirrada eleição norte-americana dos últimos tempos, mas o especialista reforça que nas ultimas três semanas é notável o crescimento de Trump, ainda que ligeiro.

    “O que eu acho que está acontecendo é que, quanto mais proximo da eleição, o eleitor começa a pensar no que realmente importa”, pontua Garman, enfatizando que a inflação é um “Calcanhar de Aquiles” para o norte-americano.

    O pós-pandemia foi marcado por um cenário de inflação mais forte que o normal nos Estados Unidos, o que levou os juros a patamares historicamente elevados.

    Trump tem constantemente atacado tanto a administração Biden quanto o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) pela maneira como lidaram com a inflação.

    O republicano tem dito que tem um plano para lidar tranquilamente com a inflação, e que não indicaria novamente Jerome Powell, o atual chair do Fed.

    “Também precisamos reconhecer que, quando a gente faz a pesquisa sobre inflação ou termos econômicos nos estados pêndulo, onde a eleição de fato vai ser decidida, a preocupação econômica é maior do que a média nacional”, explica Garman.

    “E faz sentido se a gente olha para estados como Michigan, Wisconsin e Pensilvânia. A renda real não se recuperou ao patamar do período pré-pandemia. Houve aumento de preços, a renda real ficou estagnada, então, por tanto, eles estão penalizando o governo atual.”

    Apesar disso, um grupo de economistas vencedor do prêmio Nobel aponta que os planos de Trump para a economia seriam piores para a inflação do país.

    A Escola Ross de Administração, da Universidade do Michigan, aponta que 51% achavam que estavam em melhores condições financeiras durante o mandato de Trump do que com o atual presidente, Joe Biden. Apenas 28% pensa o contrário.

    45% dos eleitores acreditam que o republicano é capaz de garantir melhores condições financeiras.

    O desempenho de Kamala Harris é melhor entre as classes mais baixas, como a classe média (49%), trabalhadores sindicalizados (41%), trabalhadores manuais (44%) e donos de pequenos negócios (46%). Já Trump se da melhor com grandes corporações (68%) e os ricos (67%).

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