Nike vê vendas online dispararem no trimestre (assim como as suas ações)
As vendas totais, por sua vez, tiveram um pequeno recuo de 1%, a US$ 10,6 bilhões. O lucro, no entanto, subiu e bastante: 11%, a US$ 1,5 bilhão
A Nike surpreendeu o mercado – mesmo durante a pandemia. Em resultados divulgados nesta terça-feira (12), a marca de roupas superou as estimativas dos analistas e conseguiu disparar 82% nas vendas digitais – que agora representam praticamente um terço do total da empresa. O resultado é correspondente ao primeiro trimestre fiscal da companhia, encerrado em agosto.
As vendas totais, por sua vez, tiveram um pequeno recuo de 1%, a US$ 10,6 bilhões. O lucro, no entanto, subiu e bastante: 11%, a US$ 1,5 bilhão.
Mas, diante do avanço do digital em meio à pandemia, os investidores se animaram com os números. Não por acaso, as ações da empresa americana subiam mais de 13% no ‘after market’ nos EUA, que é o período de negociação extra ao horário de funcionamento na da bolsa de valores.
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No caso das vendas diretas, sem a participação do varejo, a empresa também teve um crescimento de 12%, a US$ 3,7 bilhões. Desta maneira, a Nike consegue obter maiores margens de lucro ao vender diretamente ao consumidor.
As regiões que mais contribuíram para esses resultados foram a América do Norte, com alta de 18% no faturamento, e a região da Europa, Oriente Médio e África, com alta de 14%. A região que engloba a América Latina e a Ásia Pacífico, em que o Brasil está inserido, teve queda de 18%.
As ações da empresa sediada em Portland, Oregon, subiram 16% este ano e estão programadas para abrir na quarta-feira com uma alta de cerca de US$ 127. Em 2020, a Nike ganhou popularidade entre os consumidores com campanhas voltadas para causas sociais.
Entre eles, a companhia foi fortemente ativista em causas como o Black Lives Matter, movimento antirracista e que busca a igualdade para os negros, e Time to Vote, que estimula pessoas a votar nos Estados Unidos, onde o ato não é obrigatório.
“A Nike está se recuperando rapidamente com base na aceleração do impulso digital e na força da marca”, disse Matt Friend, vice-presidente e diretor financeiro da Nike. “Continuamos a impulsionar investimentos em recursos que vão alimentar a nossa transformação digital.”
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