Nike e Adidas esperam aumento multimilionário de vendas após a final da Copa do Mundo Feminina
Rivais de longa data, a Nike, patrocinadora da Inglaterra, e a Adidas, patrocinadora da Espanha, agora esperam poder aproveitar o aumento da receita de vestuário observada nas finais anteriores
Quando Inglaterra e Espanha se enfrentarem na final da Copa do Mundo Feminina de futebol, no domingo (20), haverá mais do que orgulho esportivo em campo. Um potencial aumento multimilionário de vendas também está em jogo para o patrocinador da equipe vencedora: Nike ou Adidas.
O patrocínio esportivo é um grande impulsionador de vendas para fabricantes de vestuário.
Em 2019, a camisa número um da seleção feminina dos Estados Unidos, vencedora da Copa do Mundo, feita pela Nike, tornou-se a camisa de futebol mais vendida em uma única temporada em seu site, tanto para homens quanto para mulheres, disseram executivos a investidores.
A receita geral no primeiro trimestre após o torneio cresceu 10%, disse a Nike, incluindo um crescimento de dois dígitos no departamento feminino da empresa como um “resultado de um verão incrível celebrando atletas femininas”.
A receita de vestuário da Copa do Mundo Feminina de 2019 foi quatro vezes maior do que a do evento de 2015, disseram executivos.
Rivais de longa data, a Nike, patrocinadora da Inglaterra, e a Adidas, patrocinadora da Espanha, agora esperam poder aproveitar esse desempenho.
“É depois do jogo que realmente começam a ter essa exposição e retorno”, afirmou Liz Papasakelariou, líder de produtos de consumo norte-americano do grupo de consultoria Publicis Sapient.
A Nike e a Adidas foram responsáveis pela maioria dos uniformes usados no torneio feminino deste ano, com 23 das 32 camisas fornecidas pelas duas empresas. A Nike patrocinou 13 times, enquanto a Adidas teve 10.
Um torneio imprevisível com seleções fortes eliminadas no início criou obstáculos na demanda por mercadorias dos dois gigantes do vestuário esportivo.
A Nike perdeu um enorme potencial de ganhos quando a equipe dos Estados Unidos, que patrocina desde 1995, sofreu sua eliminação mais prematura no torneio.
No entanto, seu acordo com a campeã europeia Inglaterra provou ser lucrativo, uma vez que as “Lionesses” (leoas) buscam seu primeiro título na final contra a Espanha.
“A demanda pela camisa Nike das “Lionesses” tem sido incrivelmente forte e, dada a tremenda vitória para chegar à final, esperamos que os fãs mostrem seu apoio vestindo as cores do time”, disse a Nike.
A Adidas disse que vê “uma demanda contínua” por camisetas da Espanha e está reabastecendo os estoques em parceiros varejistas e em suas próprias lojas.
Suas réplicas de camisas custam 90 euros, enquanto as camisas autênticas custam 140 euros.
A campanha da Austrália, co-anfitriã do torneio, até a semifinal, onde perdeu para a Inglaterra na quarta-feira, também gerou “demanda sem precedentes” pela camisa do time, disse a Nike, com 13 vezes mais vendas até o momento na Austrália do que no mesmo período de o torneio de 2019.