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    Macron pede cláusula-espelho para avanço do acordo Mercosul-UE

    Macron pediu o "espelhamento" de condições para os marcados europeu e sul-americano

    Presidente da França, Emmanuel Macron, em Paris
    Presidente da França, Emmanuel Macron, em Paris Yoan Valat/Pool via Reuters (24.mar.23)

    Priscila Yazbekda CNN

    O presidente da França, Emmanuel Macron, disse nesta quarta-feira (17) que não é a favor do acordo entre Mercosul e União Europeia da maneira como ele está colocado, depois de ser questionado se o acordo estava enterrado.

    “Olha, eu venho dizendo que, de qualquer maneira, eu não sou a favor do acordo da forma como ele está sobre a mesa, sou a favor das cláusulas-espelho”, disse Macron à CNN durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos.

    As cláusulas-espelho são um mecanismo que prevê que produtos entrem na União Europeia apenas se seguirem as mesmas condições impostas internamente no bloco.

    O presidente francês disse que não pode fazer diversas exigências aos seus setores agrícola e industrial e, ao mesmo tempo, abrir o mercado para produtores que não têm a mesma cobrança em seus países.

    “Não podemos pedir aos nossos industriais ou aos nossos agricultores que façam esforços em termos de biodiversidade, de redução de emissões e, ao contrário, abrir o mercado europeu para pessoas que não fazem os mesmos esforços”, afirmou Macron.

    O presidente francês já havia dito anteriormente, na COP28 em Dubai, que não era favorável ao acordo nos moldes atuais. Em Davos, Macron colocou as cláusulas-espelho como condição para o avanço da parceria.

    “É por isso que precisamos de uma cláusula-espelho, e ela deve ser substancial”, disse.

    O Mercosul é o bloco formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, e a União Europeia é o bloco formado por 27 países europeus. O acordo entre os blocos vinha sendo discutido há 20 anos, até ser concluído em 2020.

    Mas, para valer na prática, ainda precisa ser assinado e ratificado pelos chefes de Estado e dos países dos dois blocos, além do Parlamento Europeu.

    *Com informações de Priscila Yazbek.