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    Não há razão para pessimismo sobre desenvolvimento global, diz dirigente do BCE

    Holzmann discursou durante a Conferência Europeia de Integração Econômica de 2022, falando sobre os impactos da guerra entre Rússia e Ucrânia sobre a União Europeia

    Laís Adriana, especial para o Broadcast, do Estadão Conteúdo

    Integrante do conselho do Banco Central Europeu (BCE), Robert Holzmann afirmou que “não há razão convincente para pessimismo sobre desenvolvimento global”, apesar do cenário desfavorável.

    Holzmann discursou durante a Conferência Europeia de Integração Econômica de 2022, falando sobre os impactos da guerra entre Rússia e Ucrânia sobre a União Europeia.

    “Por mais que pareça impossível hoje, ainda é possível e necessário para o Ocidente e uma nova Rússia encontrarem uma maneira de coexistir pacificamente, enquanto asseguram as necessidades de ambos Rússia e Ucrânia”, defende.

    “Uma nova era de cooperação econômica pode novamente liberar um dividendo de paz para a economia global.”

    Mesmo com uma perspectiva otimista de longo prazo, Holzmann aponta que o inverno deve ser um período difícil para a Europa. A economia deve sofrer as consequências da guerra, alavancando pressões inflacionárias.

    “A atividade econômica provavelmente estagnará no inverno, à medida que as interrupções no fornecimento de gás e o aumento dos preços da energia estão aumentando”, explica.

    Holzmann ainda prevê que as sanções impostas pela UE à Rússia devem ter maior efeito a partir de 2023, quando o país deve sentir principalmente o embargo sobre produtos tecnológicos.

    “O PIB russo deve contrair para 3,5% neste ano e um valor similar no próximo”, observa o especialista e ainda acrescenta que, em médio prazo, a Rússia também deve sentir a falta de mão de obra, com milhares de homens alistados no exército ou deixando o país.

    Já a Ucrânia, na opinião do especialista, deve crescer novamente em 2023.

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