“Não há discussão sobre mudança de meta, ela está mantida”, diz Ceron
Segundo o secretário do Tesouro, sequer há discussão no âmbito da equipe econômica sobre o assunto neste momento
O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, descartou nesta quarta-feira (26) qualquer mudança na meta fiscal proposta pelo governo este ano.
Segundo ele, sequer há discussão no âmbito da equipe econômica sobre o assunto neste momento.
“A meta deste ano está mantida e nem é discutida uma revisão de meta. Nós acreditamos fortemente que ela é viável”, afirmou Ceron em coletiva de imprensa para comentar os resultados fiscais do governo.
O secretário ainda destacou que, caso sejam necessárias, novas medidas poderão ser tomadas para atingir o alvo – para este ano, é zero.
“Nunca houve por parte do governo omissão na adoção de medidas, e se outras forem necessárias, elas serão adotadas para perseguir o caminho proposto”, destacou.
A secretaria do Tesouro divulgou nesta quarta que as contas do governo central, que engloba Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, registraram um déficit primário de R$ 61 bilhões em maio deste ano.
O resultado é 30,4%, em termos reais, descontada a alta da inflação no período, maior que o registrado no mesmo mês do ano passado, quando o rombo foi de R$ 45 bilhões.
No acumulado em 12 meses, até maio de 2024, o déficit é de R$ 268,4 bilhões, equivalente a 2,36% do PIB.
Para zerar o déficit este ano, o governo precisa de cerca de R$ 280 bilhões, segundo a Lei de Diretrizes Orçamentárias aprovada pelo Congresso para este ano.
Ceron também comentou sobre a evolução das projeções fiscais para o ano de 2024, comparando as expectativas atuais com as anteriores.
“Do ano passado para cá, as expectativas do resultado fiscal de 2024 só melhoraram. A distância entre o que o mercado espera e o que projetamos vem se encurtando cada vez mais. Estava 0,8% de déficit, agora está abaixo de 0,7%, convergindo para o limite da banda, que seria 0,25%”, disse.