MPF vai apurar se diretores da Americanas venderam ações antes do anúncio do rombo
Esse tipo de operação financeira é chamada de “insider trading” e é crime
O Ministério Público Federal de São Paulo abriu procedimento para averiguar uma possível negociação de ações da Americanas por pessoas com informações privilegiadas sobre a situação da empresa.
A venda de ações superaria R$ 200 milhões e teria acontecido antes da descoberta do rombo de R$ 20 bilhões no balanço da companhia.
Desde a descoberta do rombo financeiro bilionário no balanço da varejista, passaram a circular informações no mercado financeiro de que executivos da companhia teriam vendido até R$ 210 milhões em ações da empresa no segundo semestre de 2022.
Antes, portanto, da descoberta do problema financeiro. Esse tipo de operação financeira é chamada de “insider trading” e é crime.
Por isso, o MPF de São Paulo decidiu instaurar nesta sexta-feira (13), um procedimento prévio – chamado de “notícia de fato” – para a coleta de elementos iniciais sobre o caso.
Com essas informações, um procurador fará a análise do tema e definirá os próximos passos. A partir daí, o MPF poderá instaurar um inquérito, arquivar o caso ou tomar outras medidas. Não há prazo para essa análise inicial.