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    Minoritários questionam experiência de novo indicado para Petrobras

    Avaliação desses conselheiros é que Mario Paes de Andrade não teria a experiência necessária exigida pela Lei das Estatais e pelo estatuto da empresa

    Raquel Landimda CNN

    Caio Mario Paes de Andrade pode não preencher os requisitos para ocupar a presidência da Petrobras, avaliam representantes dos conselheiros minoritários ouvidos pela CNN. O economista foi indicado na segunda-feira (23) à noite para o cargo pelo governo federal, que pediu a substituição do atual presidente, José Mauro Coelho.

    A avaliação desses conselheiros é que Andrade não teria a experiência necessária exigida pela Lei das Estatais e pelo estatuto da Petrobras. Pela lei, o postulante precisa atuar há dez anos na mesma área da companhia ou pelo menos quatro anos em empresa de porte equivalente ou em cargo de confiança no serviço público.

    Andrade construiu sua carreira na área de tecnologia da informação, mas em empresas startups. A partir do início do governo Bolsonaro, dirigiu o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e hoje é secretário de desburocratização no Ministério da Economia.

    Para completar os quatro anos de experiência necessária, seria preciso considerar também sua carreira acadêmica. O executivo é formado em comunicação social e informa em seu currículo que tem mestrado em administração de empresas no exterior.

    Em comunicado divulgado ontem, o ministério de Minas e Energia afirma que “o indicado reúne todas as qualificações para liderar a companhia”.

    O nome de Andrade será avaliado pelo comitê de elegibilidade da Petrobras que emite um parecer recomendando ou não sua contratação. No entanto, cabe ao conselho de administração a palavra final sobre a nomeação do presidente da estatal.

    Recentemente, dois indicados pelo governo federal para assumir a presidência e o conselho de administração da Petrobras – Adriano Pires e Rodolfo Landim – acabaram desistindo dos cargos após serem informados que o comitê não referendaria seus nomes.

    Nesses casos, a razão não era a falta de experiência na área mas um possível conflito de interesses, já que ambos tinham negócios com concorrentes da Petrobras.

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