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    Ministro Márcio França diz à CNN que descarta privatização do Porto de Santos

    Em entrevista nesta sexta-feira (20), França disse que "não há problema" em privatizar alguns serviços do porto, mas a autoridade portuária não será desestatizada

    Daniel Pereirada CNN , em São Paulo

    Em entrevista à CNN nesta sexta-feira (20), o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, descartou a privatização da autoridade portuária do Porto de Santos, antigo objetivo do ex-ministro da Infraestrutura e atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

    “Quando a gente fala em privatizar o Porto de Santos, o que o governador Tarcísio pretendia, que era a orientação dada pelo Paulo Guedes e Bolsonaro, era a venda da autoridade portuária. Mas esse modelo só existe em um único país, a Austrália, e mostrou muitas dificuldades”, disse França.

    Segundo o ministro, “não há problema” em haver cooperação pública e privada na administração de portos e aeroportos, caso as concessões sejam feitas em setores específicos.

    “A autoridade portuária não será [privatizada], mas, no Porto de Santos, só a autoridade portuária que é pública hoje, todos os outros terminais são privados praticamente. O que estamos estudando, e é possível que aconteça, é ter outros serviços que podem ser privatizados, como a dragagem, a sinalização. É possível ter essas coisas privadas, pois isso já existe no resto do mundo”, declarou França.

    Por fim, o ministro de Portos e Aeroportos ressaltou que os maiores portos do mundo são atualmente administrados pelo Estado, e comparou a privatização da autoridade portuária de Santos com a da Polícia Federal.

    “Um assunto tão estratégico de soberania nacional é muito difícil imaginar uma forma de privatizar, é como se estivesse privatizando a Polícia Federal ou a Polícia Rodoviária”, disse.

     

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