Ministra da Agricultura defende medidas para contenção de peste suína africana
Foco da doença foi identificado na República Dominicana em novembro, mas Brasil não registra casos desde o fim da década de 1970
A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, defendeu em um evento nesta segunda-feira (17) a realização de medidas para evitar uma disseminação da peste suína africana. Um foco da doença foi identificado na República Dominicana em novembro de 2021.
De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Brasil erradicou a doença no fim da década de 1970. Entretanto, a chegada dela ao Brasil poderia gerar um prejuízo de US$ 5,5 bilhões no primeiro ano após a disseminação.
Tereza Cristina participou da cerimônia de posse do segundo mandato de Manuel Otero, diretor-geral do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).
“Outra iniciativa está ligada a um tema que me preocupa muito, a peste suína africana. Espero que as diretrizes estabelecidas na reunião de novembro, e a parceria com o IICA, gere bons resultados na contenção continental da doença”, disse.
Segundo a Embrapa, a peste suína africana afeta apenas suínos, mas é altamente contagiosa e não possui cura ou tratamento, resultando em uma taxa de mortalidade alta nos rebanhos acometidos.
As orientações do instituto para a população geral para ajudar a evitar a disseminação da doença é não trazer produtos de origem animal ou produtos de caça de viagens ao exterior.
No caso dos produtores, recomenda-se o cumprimento de protocolos sanitários, reportar às autoridades quaisquer alterações importantes nos animais, como doenças hemorrágicas ou mortes suspeitas, e ficar atento à alimentação do rebanho, evitando que comam restos de alimentação humana.
Após a identificação do foco na República Dominicana, foram realizados estudos para determinar a extensão do surto da doença, além da realização de medidas para conter e eliminar os focos atuais.
Ainda no evento, a ministra afirmou que “conto com a liderança do diretor-geral para que continue prestando apoio às ações regionais em defesa de temas caros a nossa agricultura, como o comércio livre e justo e a ciência e a inovação como pilares do desenvolvimento”.
“Os países das Américas contam com sua competência e dedicação incansável para que possamos continuar cumprindo nosso importante papel de fornecedores de alimentos e prestadores de serviços ambientais para a nossa população e para o mundo”, disse a ministra.