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    Milei declara emergência no setor de energia da Argentina e alerta para aumento de preços

    Subsídios à energia e ao transporte custaram cerca de US$ 12 bilhões ao governo argentino em 2022

    O presidente da Argentina, Javier Milei
    O presidente da Argentina, Javier Milei 30/09/2023 - Reprodução/Facebook

    de Reuters

    O novo presidente da Argentina, o libertário Javier Milei, decretou uma “emergência” no setor de energia do país nesta segunda-feira (18), dizendo que o governo aumentará o controle sobre os órgãos reguladores locais de gás e eletricidade e buscará permitir o aumento dos preços.

    O economista, que chegou ao poder prometendo usar uma “motosserra” nos gastos do Estado, tem como alvo os subsídios à energia e ao transporte, que custaram ao governo cerca de US$ 12 bilhões (R$ 59,31 bilhões) em 2022 e mantêm as contas das pessoas em cerca de 15% do custo.

    Os custos de energia representam um grande desafio para Milei, que assumiu o cargo no dia 10 de dezembro.

    O presidente da Argentina se comprometeu a reverter o déficit fiscal do país, mas o aumento das contas de energia aumentará a inflação, que já está próxima de 200%, e prejudicará a população argentina, da qual mais de 40% está abaixo da linha da pobreza.

    Em um decreto, o governo disse que os baixos preços da energia levaram à falta de investimento na rede de gás e eletricidade, acrescentando que irá buscar permitir que os preços subam de acordo com a livre concorrência do mercado para “garantir o fornecimento contínuo”.

    Ele acrescentou que, até que uma revisão tarifária seja feita, as autoridades podem aprovar aumentos temporários de tarifas e ajustes periódicos.

    “Se medidas urgentes não forem adotadas, a má qualidade do serviço descrito piorará em detrimento dos usuários”, afirmou.

    O decreto também diz que o governo buscará intervir no órgão regulador estadual de eletricidade e no órgão fiscalizador de gás a partir do início de 2024, com funcionários do governo analisando o funcionamento das entidades.

    Veja também: Entenda como a Argentina chegou até a atual crise econômica