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    Milei confirma que Argentina terá notas de 20 mil e 50 mil pesos

    Banco Central da Argentina afirmou que diretoria da entidade ainda não oficializou emissão das novas notas e que ainda não há previsão de data

    Atualmente, a nota de maior valor em circulação no país é a de 2 mil pesos argentinos
    Atualmente, a nota de maior valor em circulação no país é a de 2 mil pesos argentinos

    Luciana Taddeoda CNN

    https://youtu.be/lRmfLExm4VU

    O presidente da Argentina, Javier Milei, confirmou que o Banco Central do país passará a emitir notas de 20 mil (cerca de R$ 120) e 50 mil (cerca de R$ 300) pesos devido à alta inflação.

    Atualmente, a nota de maior valor em circulação no país é a de 2 mil pesos argentinos (equivalente a cerca de R$ 10), que começou a circular em maio deste ano.

    “Sim, essa questão das notas é uma tortura. Para fazer um pagamento em dinheiro você tem que andar com volume de papéis que te coloca uma etiqueta na testa que diz ‘roube aqui, roube aqui´, porque é óbvio que você está levando dinheiro. Isso dificulta muito as transações”, respondeu Milei, em entrevista ao canal argentino La Nación+, quando perguntado se o Banco Central do país prevê emitir notas de 20 mil e 50 mil pesos.

    Procurado pela CNN, o Banco Central da Argentina afirmou que a diretoria da entidade ainda não oficializou a emissão das novas notas e que ainda não há previsão de data. “Isso não significa que não aconteça em breve”, disse um dos porta-vozes da instituição.

    A nota de 2.000 pesos (cerca de R$ 10) é a de maior em circulação na Argentina/ Luciana Taddeo/Reprodução

    Em novembro, a inflação argentina chegou a 12,8% e a acumulada em 12 meses chegou a 160,9%. Em dezembro, mês em que Milei assumiu o cargo e deixou de haver controles de preços, os aumentos dispararam na Argentina. Consultores calculam que a inflação do último mês do ano estará entre 25 e 32%.

    Segundo a consultoria econômica LCG, somente na terceira semana de dezembro, o aumento de alimentos e bebidas foi de 11,5%, com um índice acumulado de 27% de inflação desde o começo do mês no setor.

    Logo após a publicação do Decreto de Necessidade e Urgência assinado por Javier Milei em 20 de dezembro, planos de saúde informaram a clientes aumentos de cerca de 40% no valor da mensalidade a partir de janeiro.

    Segundo o dono de uma das principais prestadoras de serviço de saúde pré-pagos do país e presidente da União Argentina de Entidades de Saúde, Claudio Belocopitt, o recente aumento “não recupera o atraso [de preços] do sistema de saúde” e as mensalidades continuarão aumentando “todos os meses, projetando a inflação”.

    No começo do mês, a gasolina, que estava com o preço congelado, aumentou 30% e logo após a posse de Milei, sofreu novo reajuste, de cerca de 40%.

    Veja também: Entenda o pacote econômico anunciado por Milei