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    Meta é receber 10 milhões de turistas ao ano a partir de 2027, diz Celso Sabino à CNN

    Ministério trabalha por ampliação de voos ao Brasil e promoção internacional de destinos para atingir os “sete dígitos”

    Danilo Moliternoda CNN

    O ministro do Turismo, Celso Sabino, afirmou em entrevista à CNN ter como meta que o Brasil receba 10 milhões de turistas ao ano a partir de 2027. Para tal, sua pasta aposta na ampliação nas possibilidades de voos, no incremento da infraestrutura turística do país e na promoção internacional dos destinos brasileiros em eventos.

    “Vamos perseguir esta meta de chegar a 2027 com 10 milhões de turistas estrangeiros conhecendo nosso Brasil, gastando dinheiro aqui, gerando emprego e renda”

    Celso Sabino, ministro do Turismo

    A meta estabelecida é mais arrojada que aquela proposta pelo Plano Nacional de Turismo (PNT), que traz diretrizes para o desenvolvimento da atividade no país. O objetivo estabelecido no documento era tornar o Brasil o destino mais visitado da América do Sul até 2027, recebendo 8,1 milhões de estrangeiros por ano.

    Para fim de comparação, entre janeiro e setembro deste ano, os destinos brasileiros receberam quase 5 milhões de turistas internacionais, segundo dados da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur).

    Segundo Sabino, uma das principais frentes de trabalho para atingir a meta é a promoção internacional de destinos. Foi considerada uma vitória a FIT, maior feira de turismo da Argentina, ocorrida em setembro, ter homenageado os localidades brasileiras. O vizinho é o maior emissor de turistas ao Brasil.

    “Outra vitória importante: estamos conseguindo que a feira de abertura do circuito internacional de eventos do turismo, a Fitur, que acontece em Madri no mês de janeiro, homenageie o Brasil. Isso dará a oportunidade de decorar a cidade espanhola, hoteis, aeroportos, com nossos destinos turísticos e bandeira”, completou.

    Para o ministro, também será relevante para esta promoção a realização no Brasil da Cúpula do G20 – já neste ano –, da COP30 e da Cúpula dos Brics – estas no ano que vem. A visita do “high level” da administração pública dos maiores países do mundo teria potencial para “reverter” traços negativos da imagem do país no exterior.

    Confira abaixo a entrevista completa:

    CNN: Quais as frentes de trabalho para atingir a meta de 10 milhões de turistas estrangeiros?

    Ministro: Desde o fim do ano passado lançamos algumas dezenas de voos internacionais com destino ao Brasil. O governo Lula, além disso, vem realizando investimento em infraestrutura turística, como em portos e aeroportos. Também trabalhamos na promoção internacional dos destinos.

    Na maior feira de turismo da Argentina, a Fit, conseguimos que o Brasil fosse o país homenageado, sendo que a Argentina é o maior emissor para o país. Outra vitória importante: estamos conseguindo que a feira de abertura do circuito internacional de eventos do turismo, a Fitur, que acontece em Madri no mês de janeiro, homenageie o Brasil.

    CNN: G20, COP30 e Brics são parte desta estratégia de promoção?

    Ministro: Nestes eventos, o Brasil será visitado pelo high level das administrações públicas globais, chefes de estado, principais ministros, todo o staff, pessoas que são formadoras de opinião em sua nação. E estamos trabalhando para reverter imagens do nosso país, por vezes passadas à frente, que não condizem com a realidade.

    O Brasil é um país com estabilidade social, paz urbana, com pujança econômica. O Brasil é um país seguro para fazer turismo, e isso quem diz é a maior seguradora de viagens do planeta, a norte-americana Berkshire Hathaway: o país avançou mais de 20 posições, é o 15º mais seguro do mundo para fazer turismo, o 1º da América do Sul e o 2º da América.

    CNN: Quais os obstáculos no caminho para esta meta?

    Ministro: Segundo a Organização Mundial do Turismo, o turista médio viaja num raio de 500 km de onde reside. E o Brasil é vizinho de países de baixa população e grau de desenvolvimento não tão elevado. Assim há limitações que não são impostas, por exemplo, ao México, de fronteira com os EUA; a países da Europa, que compartilham fronteiras, com população e potencial econômico elevado; entre outros.

    Partindo deste gargalo, temos o entendimento de que nosso principal cliente no turismo ainda é o povo brasileiro: 200 milhões de pessoas que estão cada vez mais sendo estimulados empreendido em viajar ao longo do nosso país.

    CNN: Como está o trabalho, anunciado, para atração de companhias aéreas estrangeiras?

    Ministro: É um atrativo o programa recentemente lançado de combustível verde para a aviação civil, o SAF. Também estamos utilizando parcerias com estados e a promoção de destinos neste esforço. A nossa Amazônia, nossa biodiversidade, ainda contribui para que o Brasil seja alvo de interesse de companhias estrangeiras. Conseguimos ampliar substancialmente os voos internacionais com destinos ao Brasil e estamos trabalhando para atrair mais companhias.

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