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    Ibovespa cai e dólar sobe a R$ 5,11 em sessão de ajustes

    Alta de 3,45% das ações do Magazine Luiza ajudou a conter a queda da Bolsa no pregão de hoje

    Matheus Prado e Leonardo Guimarães, , do CNN Brasil Business, em São Paulo*

    O dólar avançou ante o real nesta quinta-feira (15) enquanto o mercado fugia dos ativos de risco com medo da inflação. A divisa fechou negociada a R$ 5,1175 na venda, alta de 0,63%. 

    Na B3, o Ibovespa seguiu correção em Wall Street e caiu 0,73%, para 127.467 pontos.

    Ação com maior alta do índice nesta quinta, o Magazine Luiza (MGLU3) avançou 3,45% após anunciar compra da Kabum e nova oferta de ações.

    Os papéis da Petrobras (PETR3, PETR4) caíram mais de 2% e foram as maiores pressões de baixa do Ibovespa. 

    Internamente, investidores seguem de olho na reforma tributária, que tende a ficar pesada para estados e municípios, na CPI da Pandemia e na saúde do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que está internado em São Paulo com quadro de “suboclusão intestinal”.

    Globalmente, o mercado reage à recuperação econômica da China. Dados oficiais mostraram que o PIB chinês teve expansão anual de 7,9% no segundo trimestre, bem menor do que o salto de 18,3% observado no trimestre anterior, mas em linha com as expectativas. Já a produção industrial e as vendas no varejo da China subiram mais do que o esperado em junho, assim com os investimentos em ativos fixos no primeiro semestre.

    Além disso, Jerome Powell, do Fed, voltou a minimizar ontem a tendência de forte alta da inflação dos EUA, em depoimento na Câmara dos Representantes, prevendo que os preços irão desacelerar e avaliando que seria um “erro” mudar a política monetária do Fed “de forma prematura”. Ou seja, ele sinalizou que o BC americano não terá pressa de retirar os agressivos estímulos que adotou em reação aos choques da pandemia de Covid-19. Hoje, Powell falará no Senado.

    Lá fora

    Os principais índices de Wall Street fecharam em baixa nesta quinta-feira depois da última série de balanços corporativos trimestrais, enquanto dados mostraram que o número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos caiu na última semana como esperado.

    O Dow Jones Industrial Average subiu 0,15%, a 34.987 pontos, mas o S&P 500 caiu 0,33%, a 4.360 pontos e o Nasdaq Composite recuou 0,7%, a 14.543 pontos.

    As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta na esteira de uma série de indicadores da China, que mostraram forte desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB), mas também desempenho melhor do que o esperado da indústria e do varejo, e após o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, adotar postura “dovish” (favorável à manutenção de estímulos) em depoimento ontem.

    Na China continental, o índice Xangai Composto subiu 1,02% hoje, a 3.564,59 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,35%, a 2.478,72 pontos.

    Em outras partes da Ásia, o Hang Seng se valorizou 0,75% em Hong Kong, a 27.996,27 pontos, o Kospi teve alta de 0,66% em Seul, a 3.286,22 pontos, após o banco central sul-coreano manter seu juro básico na mínima histórica de 0,50%, e o Taiex registrou ganho de 1,06% em Taiwan, a 18.034,19 pontos.

    Exceção, o japonês Nikkei caiu 1,15% em Tóquio, a 28.279,09 pontos, pressionado por ações de petrolíferas em meio a um avanço do iene em relação ao dólar. O Banco do Japão (BoJ) anuncia decisão de política monetária nas primeiras horas de amanhã, mas não há expectativa de mudanças na sua postura ultra-acomodatícia.

    Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho, à medida que o país vem retomando lockdowns para conter uma nova onda de infecções por Covid-19. O S&P/ASX 200 caiu 0,26% em Sydney, a 7.335,90 pontos. 

    *Com informações de Reuters e Estadão Conteúdo