Mercado volta a ver inflação acima de 2% em 2020; queda do PIB tem leve melhora
A provável recessão econômica este ano reflete os impactos da pandemia da Covid-19, na economia nacional e mundial, que também caminha para uma retração
Com leve variação, a projeção do mercado financeiro para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 passou de queda de 5,05% para 5,04%. Essa é a terceira melhora consecutiva das previsões após uma piora que interrompeu um ciclo de 9 semanas seguidas em que os analistas reduziram a estimativa de queda da atividade econômica. Enquanto isso, a previsão para a inflação voltou a ficar acima de 2%, subindo de 1,99% na última semana para 2,05%.
Os números são do relatório semanal Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (28) pelo Banco Central. O documento reúne a estimativa de mais de 100 instituições do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos. No fim de junho, a expectativa o mercado para a contração do PIB alcançou o pior pico, quando era esperado um tombo de 6,54%.
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A provável recessão econômica este ano reflete os impactos da pandemia da Covid-19, na economia nacional e mundial, que também caminha para uma retração.
Com a melhora nas previsões, reflexo de resultados positivos em alguns indicadores macroeconômicos recentes, a projeção do mercado se mantém alinhada à previsão do Banco Central, revisada na semana passada, que espera recuo de 5% da atividade. A estimativa oficial da equipe econômica, permanece em queda de 4,7%.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, no entanto, já afirmou que a contração da atividade econômica será abaixo do patamar dos 4%.
O Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) ainda projetem que a economia brasileira despenque 8% e 9,1%, respectivamente. Por outro lado, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) melhorou, na semana passada, a previsão de recessão da economia brasileira para 6,5%, ante 7,4% previsto anteriormente.
Inflação
Já as expectativas para o índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) também avançaram de 1,99% para 2,05%. Para o ano que vem, o mercado manteve a previsão de 3,01%.
Mesmo com a alta, a previsão para a inflação do país segue abaixo do centro da meta de 2020, de 4,00%, com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual, ou seja, podendo variar de 2,50% a 5,50%.
A meta é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e, para persegui-la, o BC eleva ou reduz a taxa de juros básica, a Selic, atualmente na mínima histórica, a 2% ao ano.
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