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    Mercado opera com Petrobras e prévia da inflação no radar

    Informação adiantada pela CNN sobre estudo para privatização da Petrobras movimentou economia nacional

    Priscila Yazbekdo CNN Brasil Business Em São Paulo

    Mercados iniciam a terça-feira (26) com bolsas subindo no exterior, e a Petrobras em foco no Brasil.

    No cenário nacional, o destaque é a Petrobras. A âncora da CNN Daniela Lima e a analista de política Renata Agostini confirmaram ontem que o governo estuda mandar um projeto de lei ao Congresso pedindo autorização para privatizar a estatal.

    O modelo estudado é parecido com o da Eletrobras, de capitalização. O governo venderia ações suficientes para deixar de ter o controle da empresa, nenhum acionista poderia ter mais de 10% das ações e a União teria uma golden share, uma ação especial que garantiria certas prerrogativas.

    Mas analistas avaliam que a chance de o projeto caminhar é baixa antes das eleições de 2022. Exigiria um alto capital político para alterar a lei do petróleo e caminhar com a privatização. A capitalização da Petrobras deve demorar cerca de quatro anos.

    As ações fecharam em alta de quase 7% ontem, mas impulsionadas também pelo reajuste de combustíveis, que sinaliza que a empresa mantém sua política de preços, apesar do contexto de inflação e das pressões políticas.

    Outro destaque é a revisão das projeções de bancos para economia, com alguns passando a esperar até PIB negativo em 2022. É o caso do Itaú, que espera queda de 0,5%. MB Associados e JP Morgan também revisaram projeções e esperam PIB de 0%.

    Com o furo do teto de gastos, instituições destacam que o risco fiscal aumentou, pressionando o dólar e a inflação. Com perspectiva de juros maiores, a inflação deve subir.

    Mercado observa também a votação da PEC dos Precatórios no plenário da Câmara, prevista para hoje. Ficam de olho para ver se o furo do teto parou por aí ou pode aumentar.

    Mundo

    Balanços de empresas americanas continuam superando as expectativas e impulsionando índices. O Dow Jones e o S&P 500 renovaram as máximas na segunda-feira (25).

    Um dos principais resultados foi do Facebook, que reportou lucro acima do esperado. As ações subiram no after market, com investidores se concentrando no balanço e deixando de lado as denúncias contra a empresa.

    Mas o grande destaque foi a Tesla, que disparou mais de 12% depois de receber uma encomenda de 100 mil carros elétricos da Hertz. Como disse a Ohm Research, foi um milagre da multiplicação: um pedido de US$ 4 bilhões se transformou em US$ 119 bilhões de valor de mercado em um dia.

    Com isso, a empresa de Elon Musk entrou para o grupo de companhias trilhardárias, que valem mais de US$ 1 trilhão, junto a empresas como Apple, Microsoft, Google e Amazon.

    Agenda do dia

    O IPCA-15, a prévia da inflação de outubro, apresentou alta de 1,20%. Os destaques foram energia elétrica, passagem aérea e combustíveis. O mercado esperava desaceleração, para 0,97%. Portanto, pode gerar revisões nas previsões de juros, que já vinham sendo ajustadas com crise fiscal.

    Também agora de manhã o Ministério da Economia divulgou os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). O país criou mais de 313 mil vagas de trabalho formais em setembro

    À tarde serão divulgados os dados de arrecadação em setembro.

    Lá fora, atenção para os balanços de big techs como Google e Microsoft.

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