Mercado inicia semana de olho na PEC dos Precatórios e no avanço da Covid-19 na Europa
Recrudescimento da pandemia na Europa preocupa investidores; bolsas caíram com o anúncio de lockdown na Áustria
A semana inicia com o mercado de olho nas discussões em torno da PEC dos Precatórios e nos riscos nas contas do governo. No exterior, o foco está no avanço da pandemia em toda a Europa.
O senador Fernando Bezerra, relator da PEC dos Precatórios, deve apresentar seu parecer na quarta-feira (24) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A expectativa é que a votação aconteça nos próximos dias e a PEC vá a plenário na próxima semana.
Bezerra avalia fatiar a PEC, excluindo pontos de modo a facilitar uma aprovação parcial do projeto. Os pontos excluídos seriam reincorporados em um novo texto, com destaque para um que prevê transformar o Auxílio Brasil em proposta permanente.
A consultoria Arko Advice aponta tendência de aprovação da PEC dos Precatórios até a primeira semana de dezembro.
Ainda no campo político, o senador Angelo Coronel, relator da Reforma do Imposto de Renda no Senado Federal, disse que vai apresentar nesta semana um novo projeto para reajustar a tabela do IR, elevando a isenção de R$1.903 para R$3 mil. Sobre a reforma aprovada na Câmara, o relator afirmou que o texto é ruim e dificilmente vai andar no Senado.
Mundo
A semana será curta no mercado americano com o feriado de Ações de Graças na quinta-feira (25), mas ainda assim terá fatos importantes.
Nesta quarta sai o PCE, dado de inflação bem aguardado pelos investidores que indicará a temperatura dos preços nos Estados Unidos.
Antes do feriado, Joe Biden deve decidir quem vai ser o novo presidente do FED, o Banco Central Americano. Se Jerome Powell não for mantido, Leo Brainard é a favorita.
Na Europa, índices se recuperam das perdas de sexta-feira, quando as bolsas caíram com o anúncio de lockdown na Áustria. A situação da pandemia no continente preocupa investidores. O ministro da Saúde alemão disse que pode seguir os passos do governo austríaco.
Fim de semana foi marcado por protestos anti-lockdown na Áustria e na Holanda.
Na Ásia, os índices fecharam majoritariamente em alta. O Banco Central chinês decidiu manter as taxas de juros de inalteradas. As bolsas subiram diante das especulações de que os juros podem ser cortados na reunião de dezembro. O que seria bom para o mercado, já que juros mais baixos tendem a impulsionar a economia e aumentam a atratividade das ações.
Agenda do dia
Foi divulgado o Boletim Focus do Banco Central.
O levantamento semanal mostra que a previsão para inflação deste ano subiu pela trigésima terceira vez seguida, passando dos dois dígitos, para 10,12%. Também foi ajustada para o ano de 2022 para perto de 5%.
O mercado também reduziu de novo as projeções para o PIB deste ano, que caiu para 4,8%. Para 2022, a previsão caiu para 0,7% e a Selic para o ano que vem subiu para 11,25%.