Mercado amplia projeção de queda e vê tombo de 6,48% para PIB em 2020
Analistas do mercado financeiro aumentaram, pela 17ª edição consecutiva, a previsão de queda para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano
Os analistas do mercado financeiro aumentaram, pela 17ª edição consecutiva, a previsão de queda para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. A projeção passou de contração de 6,25% para 6,48%.
Os números fazer parte do relatório semanal Boletim Focus, publicado nesta segunda-feira (8) pelo Banco Central. O documento reúne a estimativa de mais de 100 instituições do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos.
A piora constante nas projeções reflete as incertezas das instituições financeiras em meio ao avanço dos impactos da pandemia da Covid-19 na economia brasileira e mundial.
Um dos indicadores que ajuda na piora do desempenho da economia é a produção industrial, que também foi revisada para pior. A expectativa dos economistas para a atividade da indústria do Brasil em 2020 passou de recuo de 3,59% para queda de 5,35%.
As previsões do mercado já são as piores. Enquanto o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional esperam queda de 5% e 5,3%, respectivamente, o Ministério da Economia, estima que o PIB caia 4,7% este ano. No entanto, a estimativa da pasta levava em conta o fim das medidas de distanciamento social em maio.
As projeções para este ano mostram que em 2020 a recessão da atividade econômica doméstica vai atingir o pior patamar na história brasileira. Atualmente a maior queda já registrada no PIB foi de 4,35%, em 1990, no governo do ex-presidente Collor.
Inflação
O documento traz também mais uma redução na estimativa para a inflação oficial. Na 13ª revisão consecutiva, as projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), passaram de 1,55% para 1,53%.
Assim, as incertezas econômicas também terão como consequência o descumprimento da meta de inflação este ano, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Em 2020, o centro da meta de inflação é de 4%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, podendo oscilar entre 2,5% a 5,5%.
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