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    Mercado abre semana dividido entre otimismo e preocupação com PEC dos Precatórios

    Feriado brasileiro e reuniões de líderes mundiais marcam início da semana na economia

    Thais Herédiado CNN Brasil Business , Em São Paulo

    O mercado financeiro brasileiro inicia a semana em clima de feriado, mas dividido entre otimismo e preocupação.

    Com a semana mais curta por causa do feriado de 2 de novembro, toda tensão sobre o que será da PEC dos Precatórios ficará espremida em quatro dias.

    Até agora, não há sinalização de aprovação da proposta em tempo para garantir que governo consiga iniciar o pagamento do Auxílio Brasil de R$ 400 até final do ano.

    Segundo apuração do analista de política da CNN Gustavo Uribe, o governo avalia pagar os precatórios devidos aos professores num tempo mais curto, até 2024. Isto poderia dissolver o ponto de maior resistência de avanço da PEC na Câmara dos Deputados.

    A participação de Jair Bolsonaro na reunião do G20 chamou atenção pela agenda enfraquecida do presidente, sem encontros bilaterais de interesse do país. O início da COP26 em Glasgow terá mais atenções do mercado, já que o Brasil está no foco do debate.

    Na economia, expectativa para divulgação da ata do Copom, que excepcionalmente nesta semana será divulgada na quarta-feira, às 7h.

    Mesmo após promover a maior alta na Selic desde 2002, o Banco Central não conseguiu segurar a expectativa dos agentes econômicos sobre a piora da inflação nos próximos anos.

    Relatório Focus divulgado hoje cedo trouxe mais uma rodada de revisões para inflação, PIB e taxa de juros. Este ano, o IPCA deve fechar em 9,17% e o PIB em 4,94%, com a Selic chegando a 9,25% em dezembro.

    Para 2022, expectativa para inflação subiu pela décima quinta semana consecutiva, saindo de 4,40% para 4,55%. Pela primeira vez, a previsão para a Selic chega a dois dígitos – analistas esperam que o BC suba a taxa a 10,25% no ano que vem.

    Mundo

    No exterior, os índices futuros das bolsas americanas começam o mês em alta, após fecharem outubro com os melhores resultados em um ano.

    Metade das empresas que compõem os índices já divulgou seus resultados do terceiro trimestre, com boas surpresas, empurrando mercado para cima.

    Expectativa pela próxima fase de divulgações e pela decisão do Fed, na próxima quarta-feira (3), reforçam uma abertura positiva.

    A China divulgou dados sobre atividade econômica confirmando perda de intensidade na recuperação. A crise energética, alta nos custos e redução no consumo levou o índice de compras oficial para abaixo dos 50 pontos em outubro, indicando contração na economia.

    As bolsas da China e de Hong Kong caíram, mas a de Tóquio começou o mês com alta de 2,5% com resultado das eleições no Japão que garantiram maioria ao governo no parlamento.

    Preços do cobre e do petróleo têm direções opostas nesta segunda. Cobre com queda forte na Ásia, repercutindo desaceleração da economia chinesa. O petróleo sobe na expectativa da decisão da Opep+ sobre volume de produção.

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