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    Massa salarial atinge nível recorde de R$ 286,8 bi em um ano, diz IBGE

    Fenômeno é resultado de um mercado de trabalho com mais pessoas ocupadas, acompanhado de uma manutenção da renda do trabalhador

    Daniela Amorim, do Estadão Conteúdo

    A massa de salários em circulação na economia aumentou em R$ 16,661 bilhões no período de um ano, para o nível recorde de R$ 286,872 bilhões, uma alta de 6,2% no trimestre encerrado em julho de 2023 ante o trimestre terminado em julho de 2022.

    Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, a massa de renda é a maior já vista não apenas na série comparável, mas em toda a série histórica da pesquisa.

    O fenômeno é resultado de um mercado de trabalho com mais pessoas ocupadas, acompanhado de uma manutenção da renda do trabalhador, justificou.

    “Temos crescimento da ocupação e estabilidade no rendimento”, disse Adriana Beringuy.

    “A gente está tendo um movimento satisfatório da população ocupada. Algumas atividades, que antes vinham registrando perda de trabalhadores começam a sinalizar uma pequena recuperação. Então isso é um fato importante.”

    Na comparação com o trimestre terminado em abril, a massa de renda real subiu 2,0% no trimestre terminado em julho, R$ 5,668 bilhões a mais.

    O rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve uma alta real de 0,6% na comparação com o trimestre até abril, R$ 19 a mais, para R$ 2.935.

    Em relação ao trimestre encerrado em julho de 2022, a renda média real de todos os trabalhadores ocupados subiu 5,1%, R$ 143 a mais.

    A renda nominal, ou seja, antes que seja descontada a inflação no período, cresceu 1,5% no trimestre terminado em julho ante o trimestre encerrado em abril. Já na comparação com o trimestre terminado em julho de 2022, houve elevação de 9,0% na renda média nominal.

    Segundo Adriana Beringuy, embora venha crescendo o trabalho informal, que, de modo geral, reúne trabalhadores com rendimento mais baixo, a renda média não está sendo puxada para baixo.

    “O crescimento da informalidade não está se manifestando em queda do rendimento”, frisou Beringuy. “A manutenção do rendimento médio real e do crescimento do número de trabalhadores, é que explica esse crescimento da massa de rendimento.”

    Veja também: Estudo aponta que reforma gera crescimento e emprego

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