Mais mulheres devem voltar à força de trabalho nos EUA, diz dirigente do Fed
"Continuamos a ver fortes ganhos de emprego e baixas taxas de desocupação, o tipo de mercado de trabalho que historicamente atraiu mais trabalhadores", afirmou
Um mercado de trabalho forte nos Estados Unidos, a recuperação do setor de serviços e mais escolas e creches totalmente abertas provavelmente trarão mais mulheres de volta à força de trabalho, disse nesta quarta-feira (17) a diretora do Federal Reserve Michelle Bowman.
“Continuamos a ver fortes ganhos de emprego e baixas taxas de desocupação — o tipo de mercado de trabalho que historicamente atraiu mais trabalhadores”, afirmou Bowman em comentários preparados para pronunciamento na Comissão das Mulheres do Arkansas, em Russellville, Arkansas.
“Ainda há muitos empregos disponíveis, mesmo que vejamos reduzido número de vagas em aberto.”
Bowman — uma forte defensora dos agressivos aumentos da taxa de juros pelo Fed para domar a inflação que roda a mais de três vezes a meta de 2% do banco central dos EUA — focou a maior parte de seus comentários no porquê de trabalhadoras se saírem pior do que os homens durante a pandemia e como as perspectivas estão se moldando para o futuro.
Ela não abordou diretamente a política monetária, embora sua visão seja de que, se mais mulheres puderem retornar à força de trabalho, algumas das pressões ascendentes de salários e preços que o Fed tenta controlar podem ser aliviadas.
Há cerca de quatro milhões a menos de pessoas trabalhando agora do que antes da pandemia, fator que, segundo economistas, pode estar contribuindo para a inflação.
Embora o futuro da oferta de vagas de emprego seja incerto, disse Bowman, alguns trabalhadores que se aposentaram cedo durante o auge da pandemia podem se sentir encorajados a retornar à força de trabalho por causa do rápido aumento dos preços.