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    Lula diz que tem que indicar novo presidente do BC “agora” para substituição no fim do ano

    Integrantes da ala política do governo estruturam um acordo para que indicação do novo presidente da instituição monetária seja feita em agosto

    Sofia Aguiar e Caio Spechoto, do Estadão Conteúdo

    O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que precisa indicar o novo presidente do Banco Central, em substituição a Roberto Campos Neto, “agora” para que a substituição do cargo ocorra no final do ano.

    Como mostrou o Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), integrantes da ala política do governo estruturam um acordo para que a indicação do novo presidente da instituição monetária seja feita em agosto, no mais tardar setembro, para anteceder as eleições municipais de outubro.

    A declaração do presidente ocorreu nesta quinta-feira (15) em entrevista à Rádio T, do Paraná. “Estou trocando o presidente do Banco Central. Tenho que indicar o presidente do Banco Central agora, porque será substituído no final do ano”, comentou.

    O plano traçado para antecipar o nome do Banco Central para agosto, além do objetivo de esvaziar o poder de Campos Neto, alvo recorrente de críticas de Lula, diminuindo a tensão entre a instituição e o governo federal, tem também um cálculo econômico.

    A divulgação do nome antes do fim do mandato de Campos Neto pode evitar surpresas e impactos negativos à economia brasileira.

    Lula comentou o cenário econômico brasileiro e disse que, apesar de a taxa de juros, a Selic, estar num patamar elevado, “a economia toda não é tocada por essa taxa”. Em sua avaliação, os médios empresários são os que pagam mais caro pelo nível do índice.

    “Primeiro precisamos trazer a taxa de juros do Brasil para um patamar razoável, que o mundo inteiro compreenda. Segundo, é preciso que a gente crie condições de facilitar que o dinheiro circule na mão de todo mundo”, comentou Lula.

    O presidente comentou que a economia brasileira também está pressionada atualmente por causa da taxa de juros dos Estados Unidos e pelo valor do dólar.

    “Achamos que se os americanos começarem a baixar a taxa de juros deles agora em setembro, isso também vai fazer com que isso crie mais facilidade para baixar a Selic no Brasil”, avaliou.

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